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Jornalista é chamada de “macaca” e cinegrafista é agredido durante reportagem


Profissionais foram agredidos por funcionário público negro

Mias um caso de racismo repercutiu e, dessa vez, não foi na Bahia. Durante uma reportagem, a jornalista Julie Alves, de 44 anos, sofreu injúria racial e, assim como o cinegrafista, foi agredida por um funcionário público. O caso aconteceu durante a gravação para o programa “Fala Baixada”, do canal CNT Rio, com notícias exclusivamente da Baixada Fluminense.

Após mostrarem um lixão que havia próximo a um posto de saúde, tema da reportagem, a jornalista e o cinegrafista, Vângelis Floyd Ferreira, de 35 anos, foram abordados por um homem, negro, que se dizia funcionário do local.

“Nós já estávamos terminando de produzir o material, o cinegrafista já tinha até desligado a câmera, quando chegou esse homem. Ele começou a gritar palavrões ‘por*, caral*, quem mandou vocês gravarem aqu?'”, explicou Julie em entrevista ao portal Uol.

A jornalista respondeu que não precisava de autorização e que conhecia seus direitos. “Foi aí que ele falou ‘sabe do seu direito o que, macaca?’. Logo em seguida, o cinegrafista questionou o modo como ele me tratou e o homem o mandou calar a boca e o chamou de gordo”, conta Julie.

“Quando ele percebeu, veio na minha direção para bater no meu rosto. O cinegrafista foi me proteger. O homem acabou batendo na minha mão e meu microfone caiu. Ele foi então em direção ao cinegrafista e deu um chute nele. Algumas pessoas que estavam no local foram segurá-lo”, continuou.

Em entrevista, Julie ainda disse que, por conta do nervosismo, ela e o cinegrafista precisaram ter a pressão aferida no posto de saúde, receberam medicamento e, em seguida, foram à delegacia para registrar um boletim de ocorrência.

“Nunca passei por isso, nunca imaginei passar por isso, só queria fazer o meu trabalho e eu ainda estou chateada e triste. Uma situação muito desagradável. Ele é preto, eu sou preta, e partir de um preto uma atitude dessas, tão truculenta, me deixou muito mais indigna”, desabafou.

Ainda de acordo com o Uol, a Secretária Municipal de Saúde de Japeri, Rosilene Moraes, afirmou que o funcionário do posto foi exonerado no mesmo dia.

O delegado Flávio Ferreira, responsável pelo caso, também disse que o homem pode pegar mais de quatro anos de prisão por injúria qualificada, ameaça e lesão corporal. Ele prestará depoimento.

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