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Na torcida com elas! Torcedoras da dupla Ba-Vi dividem paixão pelos clubes com filhos

 
 
O que leva alguém a torcer por um determinado clube de futebol? Uma das primeiras respostas que muita gente dá é: por causa da família.  


O que leva alguém a torcer por um determinado clube de futebol? Uma das primeiras respostas que muita gente dá é: por causa da família.  

Esse senso comum faz sentido. Uma pesquisa feita pelo professor de administração e marketing Rodolfo Ribeiro, em sua tese de doutorado na Universidade de São Paulo (USP), mostrou que o time dos parentes e os títulos do clube pesam na escolha.  



No entanto, ainda para o senso comum, a principal pessoa a influenciar o time de alguém é o pai. A ideia de que homem é mais interessado por futebol faz com que isso aconteça. Mas em muitas famílias a influência vem da mãe. 


Rosecleide e as filhas / Foto: Arquivo Pessoal

 

Uma mãe fanática pode acabar transmitindo essa paixão para os filhos. É o caso de Rosecleide Aquino, torcedora símbolo do Vitória, e com quatro filhos que herdaram o amor pelo rubro-negro, mesmo o pai sendo torcedor do Bahia.

A devoção de Rosecleide falou mais alto e ela garante: todos os filhos são Vitória “doentes”. “Eu os deixei livres, mas eles são Vitória mesmo. Nessa situação do clube, eles dizem que não estão aguentando mais, e falo para eles terem calma”, contou.

A própria história de Rosecleide, de 63 anos, com o Vitória tem uma participação intensa da família. Mas não por serem rubro-negros como ela, mas sim por terem escolhido o Bahia. E a paixão pelo rubro-negro, durante muito tempo, foi segredo.

“Foi um amor às escondidas. Minha família é Bahia, só eu sou Vitória. Então foi mais emocionante, querendo ou não. Aos 12 anos eu me descobri Vitória, quando fui pela primeira vez na Fonte Nova com minha família. Eu ia para os Ba-Vis com eles e torcia calada. Eles queriam que eu vestisse a camisa tricolor, mas eu não vestia”, relembrou.

Questionada sobre como reagiria se os filhos fossem Bahia – assim como os pais dela precisaram lidar com o fato dela torcer para o rival – Rosecleide foi sincera: “Se eles fossem Bahia…realmente não sei”, disse.  

Apesar de todos os filhos serem Vitória, um dos netos da torcedora virou Bahia. “Ele também escondeu por um tempo. Disse que queria ser que nem eu, achei que fosse dizer que era Vitória, mas queria ser parecido só na loucura mesmo”, brincou.


Novas gerações
Foto: Arquivo Pessoal



Na família de Catarina Cordeiro, o Bahia não precisou dividir atenção com nenhum outro clube. A aposentada de 63 anos cresceu assistindo aos treinos do Bahia na antiga Fazendinha, no Stiep.  

Depois, acompanhou o clube no Campo da Graça e também na antiga Fonte Nova. Após a reforma do estádio, que ficou pronto em 2013, passou a acompanhar os jogos.  

O amor de Catarina pelo Bahia foi divido com o marido, que também torcia para o time, e com os filhos. “Na minha casa, todos somos Bahia. Esse amor ao Tricolor veio tanto de mim, quanto de meu marido, pai dos meus filhos que também era torcedor do Bahia. Mas como ele era cardíaco e a pressão subia nos jogos, começamos a evitar que ele assistisse”, contou.

A filha de Catarina, Vanessa Guimarães, representa a mãe na nova geração da família tricolor. Ela ressalta que imaginava que a filha fosse ser Bahia, mas que o amor dela pelo clube é ainda maior. “Ela acompanha tudo, nada faz com que ela deixe de ir aos jogos”.
Promessa

E tem mãe de primeira viagem que já relacionou o filho com o Bahia antes mesmo dele nascer. Quando estava grávida de um casal de gêmeos – que hoje tem cinco meses – a engenheira Mariana Cardoso, de 34 anos, fez uma promessa para o Bahia ser campeão da Copa do Nordeste, em 2021.  

A ideia surgiu ainda na semifinal da competição, quando o goleiro Mateus Teixeira defendeu o pênalti contra o Fortaleza que garantiu o Bahia na final. Mariana, então, sugeriu ao marido que colocassem o nome do filho de Mateus, mas ele não gostou da ideia.

No último jogo da final contra o Ceará, depois do Tricolor ter perdido a primeira partida, a engenheira resolveu fazer uma promessa. “Estava muito nervosa para o segundo jogo. Eu não consegui assistir ao jogo porque minha pressão subiu, precisei me trancar no quarto porque eu já estava grávida, o negócio ficou meio perigoso”, relatou.

“Fiz uma promessa e falei que o nome do meu filho seria o de quem fizesse o gol do Bahia, caso o Bahia fosse campeão óbvio. Meu marido aceitou, mas ele disse que tinha poder de um veto”, completou.

Para sorte de Mariana, o autor do primeiro gol que deu o título ao Bahia foi o meia Rodriguinho. O nome Rodrigo, segundo ela, agradou tanto a ela quanto ao pai e a promessa foi cumprida.

A engenheira ainda não levou os filhos ao estádio por causa da idade deles, mas já planeja esse momento. “São muito pequenos, fico meio insegura por causa da Covid, tanto que nem eu voltei ao estádio ainda. Isso deve acontecer quando eles tiverem um ano, por aí”, pontuou. 

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