Imagine precisar retirar um órgão, em cirurgia, mas não ter como guardá-lo em condições adequadas na unidade de saúde. Foi o que aconteceu coom Jeferson Oliveira Bispo, de 21 anos, na última sexta-feira (22/7).
Motorista de aplicativo, ele foi baleado enquanto trabalhava, por volta das 12h daquele dia, e encaminhado para o Hospital Menandro de Faria, onde precisou ter um rim retirado. No entanto, após o procedimento, a "surpresa", como contou a esposa do jovem, Andreza Andrade.
"Ao ser encaminhado para o hospital, a hemorragia que ele estava foi contida e logo em seguida foi feita a retirada de um dos rins. Aí quando entrei em contato, por volta das 17h do sábado (23), para saber como estava meu esposo, o hospital me entregou o rim dele em um saco plástico.” relatou Andreza.
Segundo a mulher, junto com o rim - dentro do saco plástico - também foram entregues alguns números para que ela buscasse em outros hospitais o procedimento que era preciso. De acordo com o advogado da família, assim que isso aconteceu, o hospital foi acionado para resolver a situação.
"Entramos em contato e o hospital solicitou que fôssemos até lá. A Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de Lauro de Freitas também deu todo apoio aos familiares. O diretor do hospital e representantes da [Secretaria da Saúde do Estado da Bahia] Sesab que estavam presentes no momento reconheceram que o procedimento interno não era esse e que o órgão deveria ter sido acondicionado da forma correta”, explicou o advogado Ronicleiton Martins.
Ainda conforme o advogado, o procedimento retornou a ser de alçada do hospital. “O diretor do hospital pediu desculpas pelo acontecido e informou que iria conversar com os envolvidos, pedindo também para a família entregar novamente o rim para que o próprio hospital se encarregasse de fazer o procedimento, e assim foi feito”, explicou o advogado.
A família ainda informou à equipe que o estado de Jeferson Oliveira Bispo é estável e ele não corre mais perigo, mas segue na UTI.
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