Suspeito deu tiro na direção da cabeça da vítima, que só não foi atingida porque se abaixou.
O mototaxista que se esquivou de um tiro na Rua Manoel Drumond, no bairro da Caixa D’água, em Salvador, durante um assalto, contou que o suspeito fingiu ser cliente e chegou a fazer uma corrida, antes de cometer o crime.
O caso aconteceu na tarde de segunda-feira (25) e, até a manhã desta quarta (27), o suspeito ainda não havia sido identificado e preso. A vítima preferiu não se identificar, por medo de represálias. O trabalhador contou que chegou a procurar viaturas da polícia, mas não encontrou nenhuma.
“Ele chegou aqui no ponto e pediu uma corrida, pediu para eu deixar ele
no Largo do Tamarineiro. Quando eu cheguei, ele falou bem assim: ‘desce
aqui a pista e você para na entrada da ladeira’. Quando eu parei na
entrada da ladeira, ele disse: ‘perdeu, se saia’".
"Eu falei: ‘rapaz, como eu vou te dar minha moto?’, Aí ele: ‘nada, perdeu. Se saia, me dá o celular e suba correndo’. Eu falei: ‘não, não vou te dar minha moto, que eu ainda estou devendo parcela’. Aí ele deu um disparo".
Depois do primeiro disparo, o mototaxista chegou a entrar em luta corporal com o suspeito, que deu outros dois tiros.
"Quando ele deu esse disparo, eu dei um murro nele. Ele caiu, levantou e deu outro disparo. Aí eu fiquei em luta com ele, depois ele deu outro disparo e subiu correndo a ladeira".
"Ainda rodei lá em cima, mas não achei nada, nenhuma viatura para falar que o cara tentou me roubar. Ele saiu correndo na principal e ninguém falou nada. Não apareceu ninguém. Eu achei que Deus me deu uma segunda chance".
Morador registrou caso
Um morador do local registrou toda a situação. As imagens mostram o momento em que o suspeito abordou o mototaxista, que reagiu ao receber voz de assalto. Em seguida, o suspeito atirou contra o trabalhador, que se abaixou e conseguiu escapar ileso.
O assaltante então fugiu do local rapidamente e a vítima gritou: ‘pega ladrão, está me roubando aqui, pega ladrão’. Sem se identificar, também por medo de represálias, um dos moradores comentou a situação.
“Aqui se rouba 5h30 da manhã, aqui se rouba o horário que eu subo, de 7h30 a 8h da manhã. Aqui se rouba o horário que eu desço, que foi esse horário que eu tinha acabado de chegar em casa, quando começou esse corre-corre do rapaz e o tiro. Eu tinha acabado de subir as escadas de casa, quando começou o tiroteio. Aqui não tem horário [para os assaltos], precisa realmente de um monitoramento. Pelo menos nesses horários, e à noite também”, disse.