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Apenas 1/3 dos profissionais de saúde foi testado para Covid-19; pesquisa revela medo e insatisfação dos trabalhadores

Apenas 1/3 dos profissionais de saúde foi testado para Covid-19; pesquisa revela medo e insatisfação dos trabalhadores
Apenas um em cada três profissionais de saúde foi testado para Covid-19, de acordo com levantamento feito pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo, divulgado nesta quinta-feira (30/7), aponta ainda a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI's).
A categoria que mais sofreu com a demanda precária foi a dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de endemia. Em junho, apenas 32% deles receberam esse tipo de item, por iniciativa dos respectivos empregadores. O número é um pouco melhor do registrado em abril, de 19,65%.
O levantamento ouviu 2.138 profissionais da saúde pública, de todos os níveis de atenção e regiões do país, entre os dias 15 de junho e 1º de julho. A amostragem é composta por 40% de agentes comunitários e agentes de controle de endemia, 20,8% de profissionais de enfermagem, 14,7% de médicos e 23,8% de outros profissionais do segmento.
Segundo a Agência Brasil, pelas respostas enviadas através de formulário, constata-se que poucos trabalhadores tiveram treinamento para aperfeiçoar o atendimento durante a pandemia. Apenas 32,3% relatou ter recebido a capacitação, um crescimento pequeno em relação a abril, quando 21,91% dos entrevistados respondeu "sim".
Entre os agentes comunitários de saúde e agentes de combate à endemia, 89% reconheceram sentir medo da doença, mesmo sentimento compartilhado por 83% dos profissionais da enfermagem, 79% dos médicos e 86% de demais profissionais da área de saúde. No total, 80% declarou conhecer ao menos um colega contaminado pelo novo coronavírus nessa segunda fase da pesquisa. Anteriormente, esta parcela era de 55%.
Em abril, 67% diziam não sentir apoio do governo federal, piorando em junho: a taxa aumentou para 78%. A insatisfação é maior do que a observada quanto à falta de suporte do governo municipal, que foi de 58%.
A saúde mental da categoria está comprometida para 78,2% dos profissionais consultados pela FGV. O assédio moral também foi apontado como grande problema para 30%. Apesar disso, somente um a cada cinco (20%) afirmou ter recebido algum tipo de apoio do Estado para enfrentá-los. A rotina de 95% deles foi alterada e 70% não se sentem preparados para lidar com a pandemia.

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