Aeronave perdeu a asa antes de chegar ao solo. 71 pessoas morreram na tragédia
As autoridades brasileiras e colombianas ainda investigam as causas da queda do avião da empresa Lamia, que saiu de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, levando a delegação da Chapecoense e jornalistas para a cidade de Medellín, na Colômbia, onde seria disputado nesta quarta-feira (30) o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, entre o time brasileiro e o Atlético Nacional.
Imagens gravadas de um helicóptero mostram que a aeronave colidiu em um morro antes de cair, na madrugada desta terça-feira (29), na cidade de La Unión. Nas imagens, é possível ver que o avião perdeu a asa antes de alcançar o solo. Para especialistas, o piloto e dono da empresa Lamia, Miguel Quiroga, errou no cálculo do combustível, já que o avião que pilotava tinha autonomia para fazer o máximo de três mil quilômetros, praticamente o limite da viagem entre as cidades de origem e destino.
Um piloto que estava em um voo próximo ao do time brasileiro ouviu a conversa entre Quiroga e a torre de controle do aeroporto colombiano. Ele conta que Miguel pediu emergência para pousar e avisou que estava com pouco combustível, mas não emitiu o alarme de pane seca, que é como é chamado o processo de ficar totalmente sem combustível.
Uma aeronave da empresa VivaColômbia também teria informado emergência por perda de combustível e teve a prioridade no pouso. Minutos depois, o avião com os brasileiros voltou a entrar em contato, desta vez afirmando que estava com uma pane elétrica. O avião sumiu do radar e caiu.
Na tragédia, 71 pessoas foram mortas. A Conmebol cancelou a partida da competição internacional e o Atlético Nacional, rival da Chape na decisão, fez um pedido para que o time catarinense seja declarado o campeão. A decisão ainda será analisada pela Confederação. Hoje, no horário em que a partida seria realizada, torcedores colombianos irão de branco e com velas ao estádio para prestar homenagem à Chape.