Produzir saliva é o verdadeiro trabalho das nossas glândulas salivares (nossa, que surpresa!), mas mesmo elas podem ficar sobrecarregadas — afinal de contas, o corpo produz entre 2 e 4 litros de saliva por dia. É saliva pra caramba!



Embora seja composta em 99,5% de água, a saliva tem como função ajudar a dissolver o que você come antes das próximas etapas do sistema digestivo. Para isso, entram em campo também algumas substâncias que fazem parte dela e colaboram para a mastigação, o gosto, o deglutição e a proteção dos dentes.

Quando elas identificam determinados tipos de alimentos, enviam um comando para as glândulas salivares — que ficam embaixo da língua, justamente perto da parte do maxilar que sente aquela ardência às vezes.

Se o alimento que você está ingerindo é apimentado, ácido, azedo ou doce, esse comando é justamente para produzir mais saliva, a fim de contribuir com a digestão e não deixar seu sistema digestivo sobrecarregado.



Então, as glândulas assumem a carga sozinhas, em um primeiro momento, para diminuir o impacto depois. E esse arrepio ou uma espécie de formigamento que você sente no maxilar é sinal de que elas estão trabalhando.

E o mais curioso sobre isso é que você nem precisa estar de fato mastigando esses alimentos para ter essa sensação! A mente humana é tão poderosa que, só de se imaginar mastigando algo muito azedo, já é possível enviar esse comando para as glândulas salivares.



Por falar nisso, é daí a ideia de que algo "dá água na boca"! Você pensa em um prato de que gosta bastante, e suas papilas gustativas se agitam e enviam o comando para suas glândulas salivares. O resultado? A boca fica cheia de água — ou melhor, saliva!