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Lupi reafirma apoio crítico e diz que PT é principal responsável por Bolsonaro

Presidente do PDT disse que partido não fará mais do que declarar apoio crítico a Haddad

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e Ciro Gomes deixam reunião da Executiva Nacional do partido, que decidiu apoio crítico ao candidato do PT Fernando Haddad contra Jair Bolsonaro (PSL) Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e Ciro Gomes deixam reunião da Executiva Nacional do partido, que decidiu apoio crítico ao candidato do PT Fernando Haddad contra Jair Bolsonaro (PSL)
O presidente do PDT, Carlos Lupi , voltou a negar nesta segunda-feira a possibilidade de uma participação maior de seu partido e de Ciro Gomes na campanha de Fernando Haddad, do PT, no segundo turno da eleição para Presidência da República. A sigla, que já decidiu pelo apoio crítico ao petista, ainda é cortejada pelos aliados do candidato do PT. Lupi participou de um evento em São Paulo que marcou o apoio da sigla a Márcio França (PSB) na disputa pelo governo do estado.
Em discurso a correligionários no ato de apoio a Márcio França, o presidente do PDT disse que o PT é o principal culpado pelo ascensão da direita.

— Não adianta apontar o dedo e culpar a população, não. Se tem alguém responsável por isso somos nós, cada um de nós, em maior ou menor graus. E principalmente nossos companheiros do PT, que foram os principais responsáveis pela ascensão e crescimento dessa figura da direita nacional que está aí — disse Lupi.

O PT, que planejava angariar apoios de peso após a definição do segundo turno contra Bolsonaro, permanece com dificuldade para adesões de peso. O principal apoio seria de Ciro Gomes, que foi viajar para a Europa após a derrota no segundo turno . Questionado na manhã desta segunda-feira se ainda esperava um apoio de Ciro, Haddad respondeu:
 
— Se dependesse de mim, seria ontem — disse.

O petista disse que pretendia conversar com Carlos Lupi nesta segunda-feira. O presidente do PDT negou qualquer contato com Haddad, mas afirmou que foi convidado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para um encontro de uma frente democrática em Brasília. Lupi declinou do convite em razão da agenda em São Paulo com França.

O presidente do PDT brincou que irá votar 12, o número do PT, "mais um", e não 13, apesar de defender que a sigla tenha lado na eleição.

— Mas isso não pode impedir a gente de ter coerência política. Não pode deixar de olhar pro povo brasileiro e deixar de olhar para os riscos do outro lado.

Segundo ele, o PDT já declarou que irá pedir voto em Haddad, mas "mais do que isso não faremos". Após o evento, Lupi foi questionado que o PT ainda esperava um apoio mais enfático da sigla no segundo turno:

— Eu esperava que o PT fizesse tanta coisa que não fez — disse.

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