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Bota pra brilhar! Festa na Barra começa com muito glitter e alegria

Mais de 20 fanfarras fizeram a alegria do folião no Circuito Sérgio Bezerra




De cara limpa, não sobrou nem o amigo ambulante vendendo aquelas duas piriguetes por R$ 5. Esta quarta-feira (27) não é de Cinzas, mas foi de muito brilho no Circuito Sérgio Bezerra, na Barra. Foi dia de botar o rostinho pra jogo. Os foliões que caíram na festa dos mais de 20 bloquinhos e fanfarras, que seguiram do Farol da Barra ao Morro do Cristo, não economizaram na fantasia, na alegria, e... no glitter.
Nas bandas de cá, já conhecemos o brilho da avenida também como purpurina. Cada um chama ao seu modo as micropartículas de plástico revertidas por metal. Seja  como for, a verdade é que o brilho invadiu a Barra, no dia em que, no lugar dos trios eléticos, o folião vai atrás das fanfarras e bandas de sopro.
O palco disso tudo foi o circuito que começou como um abre-alas informal do Carnaval, ainda na década de 1970, mas que acabou se tornando espaço oficial na programação carnavalesca de Salvador nos últimos anos.
Entre o vai e vem de marchinhas, entre elas o Bloquinho do Gigante, criado em homenagem a Léo Santana, além do tradicional Xupisco, não faltou gente querendo extravasar na alegria e na composição do look.
Sobrou até pro vendedor ambulante Anderson Damasceno, 27 anos, concentrado no Farol da Barra, bem na largada da festa da noite desta quarta (27). De longe, a bochecha de Anderson denunciava: alguém passou por ali brilhando. Tímido, se limitou a comentar que “metade das pessoas curtem purpurinadas”.
E ele tem razão. Carnaval em Salvador, com a pista liberada para a folia, nada melhor do que chamar a atenção. Foi o argumento das psicólogas Raísa Ribeiro, 28, e Cinthia Faria, 27, ambas de Roraima. Pela primeira vez na capital baiana, Cinthia comentou que estar na maior festa de rua do planeta só vale a pena se for pra brilhar.
“Carnaval é quando a gente pode extravasar, ousar, sem ser julgada. Então, viemos a caráter, para curtir a energia daqui”, disse ela, acompanhada de outras amigas.
Brilho e bloquinho
Os foliões foram embalados por bloquinhos já tradicionais no Sérgio Bezerra. A abertura ficou por conta da fanfarra Abre Alas, que iniciou os trabalhos por volta das 19h.
A farmacêutica Verônica Rabelo, 44, não titubeou na resposta ao ser questionada sobre a quantidade de purpurina espalhada pelo corpo: “Toda mulher tem fantasias e a gente aproveita o brilho. O brilho é Carnaval, somos nós, é a alegria”, afirmou, aos risos, enquanto assistia às Mulheres no Comando, segundo bloquinho a desfilar.
Verônica contou que apenas retocou os resquícios de purpurina que já tinha usado na noite anterior, quando foi a um baile. “Engraçado que fui trabalhar e tinha um brilho no meu rosto. Sem falar em casa. É achar glitter em casa que eu penso: é, o Carnaval está comigo”, disse.
Amiga da farmacêutica, a advogada Maria João, 40, confessou que não é, assim, “tão extravagante”, mas que tudo vale a pena se o calendário marca fevereiro. “Não é algo que faço sempre, sou mais discreta. Mas, agora vale tudo, sim, inclusive essa quantidade de luz”, brincou.
Quanto mais, melhor
Reluzentes, as irmãs Jeane, 19, e Sabrina Sena, 17, contaram ao SITE que não foram para a folia brilhando só porque é Carnaval. O glitter já é praticamente acessório fixo das meninas, que vão para qualquer evento assim.
Jeane e Sabrina capricharam no look 
“Tudo o que é festa, a gente vai assim, já virou rotina. Carnaval, né, por que não? Acho que é uma oportunidade ótima de vir bonita, chamar a atenção mesmo”,explicou Jeane.
Já Sabrina disse que o brilho é a principal estratégia pra ‘chegar chegando’. “A gente vem pronta pra tudo e até aproveita o brilho de um dia para o outro, e assim, sempre juntas”, completou.

Já as estudantes Esther Larissa Oliveira, 18, e Luiza Várias, 18, também  mandaram ver no look. E no glitter, claro. Fantasiadas com referências do aplicativo de relacionamento Tinder, as amigas chegaram empolgadas. Tanto que mal deu tempo se falar com a reportagem. Apenas posaram para a foto e seguiram, não o baile, mas o bloco.
E se todo Carnaval tem seu fim, o brilho também pode acabar: basta banhar a parte brilhosa com água quente ou, para os mais práticos, colar a fita adesiva sobre a parte iluminada. Mas advertem, se o brilho for o rosto, é bom ter cuidado na hora de puxar porque amanhã tem mais.

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