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Brasileiro gasta quase 10% do salário com aplicativos de transporte


Gasto médio calculado por usuário foi de R$ 114,83, revelou pesquisa



O brasileiro jovem gasta quase 10% da renda total do mês com aplicativos de transporte, tais como Uber, 99 e Cabify. Isso é o que indicou uma pesquisa realizada no mês de maio pelo aplicativo Guia Bolso, com 193 mil usuários, sendo 75% dos respondentes pessoas de 18 a 35 anos. Desse total, 32,71% utilizaram o serviço no período indicado. O gasto médio calculado por usuário foi de R$ 114,83.

A internacionalista Mariana Smith, de 24 anos, prefere nem calcular quanto da sua renda é consumido por aplicativos de mobilidade urbana. Ela conta que utiliza, em média, 20 corridas ao mês, em geral aos fins de semana.



— No início, solicitava corridas no cartão de crédito sem nem fazer as contas, mas quando você vê, dez corridas de R$ 10 resultam em R$ 100 no fim do mês. Agora, avalio se é realmente necessário ou se posso ir andando de transporte público, ao invés de pedir por comodidade. Também levo em conta a questão da distância e do horário — contou.

A especialista em marketing Carolina Mançur, de 27 anos, já chegou a desativar os aplicativos para tentar equilibrar as contas. Hoje, ela gasta 20% da renda em cerca de 30 corridas por mês:

— Várias vezes gastei mais do que deveria. Minha fatura era só Uber. Depois coloquei metas. Agora, só posso gastar R$ 200 por mês com isso

O diretor de produto e tecnologia do Guiabolso, Julio Duram, explica que não existe uma regra geral sobre o uso do carro ou de aplicativos de transporte, como Uber, Cabify ou 99. O melhor é o que faz sentido naquele momento pra cada pessoa:

— Posso me dar ao luxo de pegar um carro com motorista quando está chovendo ou estou atrasado pra uma reunião, desde que tenha o cuidado de controlar isso. Do contrário, de poucos reais em poucos reais, vou me assustar quando a fatura do cartão de crédito chegar.

O ideal, segundo Duran, é manter uma planilha atualizada de gastos para não ser surpreendido, embora isso ainda não seja hábito para 98% da população brasileira.

— Outra solução seria recorrer à tecnologia e aos apps que facilitam a nossa vida. Alguns são simples, fáceis e automáticos . Só há o trabalho de cadastrar tudo no primeiro acesso. Depois, com um simples clique tenho a visão de extratos e tarifas consolidados numa única tela — argumentou.

Quando o assunto é aplicativo de pedir comida, como Ifood e Uber Eats, o valor gasto corresponde a 6,08% do salário, em média R$ 88,40 por pessoa. Já streamings de música e filme aparecem com uma participação menor na renda, correspondendo a 1,71% e a 3,13% respectivamente.
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