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X-Men: Fênix Negra encerra um importante capítulo no universo dos mutantes



O filme chega nesta quinta (6) aos cinemas, com destaque para a boa atuação de Sophie Turner

A principal missão que o longa X-Men: Fênix Negra tem é encerrar uma fase marcante do universo dos mutantes, que passou por muitas mudanças ao longo dos últimos anos.



Os eventos de Fênix Negra dão continuidade à  história já apresentada pelos três últimos filmes, o último deles lançado em 2016. Depois de derrotarem a ameaça de Apocalipse, a equipe liderada por Charles Xavier (James McAvoy) agora vive em um cenário incomum na sociedade. 

Enquanto antes os mutantes eram vistos  como invasores ou inimigos dos civis, agora eles são, de fato, reconhecidos como heróis. E é na tentativa de salvar um grupo de astronautas que Jean Grey, interpretada pela atriz Sophie Turner, a Sansa Stark em Game of Thrones, é atingida por uma força cósmica, que muda seu rumo dentro dos X-Men.

Mesmo antes do acidente, não havia dúvidas dos poderes dela, até porque a personagem já teve um grande destaque na batalha mostrada no último filme, mas agora enfrentará uma força nunca vista, e que parte de dentro dela.  

A escolha de Sophie para o papel de Jean, e agora da Fênix, é certeira. A atriz soube lidar muito bem com as bruscas mudanças de personalidade apresentadas pela sua personagem, marcadas principalmente pela acintosa mudança na cor dos olhos, que passam do azul leve ao amarelo intenso, que lhe dá um tom muito mais obscuro.




   Jean Grey passa por uma tranformação quando está tomada pelos poderes da Fênix (Foto: Reprodução)

Apesar da qualidade técnica da atriz, o andamento da história não favorece ao  aprofundamento de nenhum dos dois perfis da Jean Grey, que alterna entre destruir aqueles que cruzarem seu caminho, e a preocupação de se controlar e não machucar aqueles que ama.  

Ao resgatar a infância de Jean Grey, o diretor Simon Kinberg, que também assumiu o papel de roteirista, faz questão de mostrar a confusa relação entre a garota e seus poderes. Tanto que o fato mais marcante de sua história é a morte dos seus pais, causada pela falta de controle da sua energia. 

E num ato de descontrole da Fênix que um dos personagens mais conhecidos dos X-Men dá adeus de forma precoce no filme. A morte da Mística, que ganhou vida com a atriz Jennifer Lawrence desde Primeira Classe (2011), reforça a ideia de encerramento que a produção tanto busca dar, e é mais um acerto de Kinberg, tanto pelo apelo emocional, visto em quase todos os filmes da saga, quanto pela liberdade de explorar outros personagens.





   Os personagens se despedem da Mística em Fênix Negra (Foto: Reprodução)

Para desafiar os mutantes, o filme apresenta Vuk, vivida pela atriz Jessica Chastain, que é de uma espécie alienígena do Império D’Bari. Apesar da personalidade pouco desenvolvida e de um fraco propósito para se apresentar como vilã, Vuk se encaixa no roteiro, já que o arco da história se fecha apenas nos X-Men.

Mas alguns outros pontos merecem ser lembrados. A marcante relação entre Charles e Erik, o Magneto (Michael Fassbender), também ganha um tom de despedida. A interação dos personagens parece estar jogada durante a trama, mas nada que apague as cenas inesquecíveis que os dois proporcionaram durante os outros filmes.




   Jessica Chastain interpreta a fraca vilã Vuk (Foto: Reprodução)

 Não é preciso lembrar também como os efeitos visuais se tornaram tão importantes quanto um bom roteiro e um elenco de qualidade, e é por isso que o filme merece o destaque nesse quesito, acompanhado por uma bela trilha sonora, comandada por Hans Zimmer, que trabalhou em Batman: O Cavaleiro das Trevas. 

No fim, apesar de um roteiro com elementos pouco explorados, ou sem continuidade, a escolha da Fênix Negra para ser a personagem principal desse encerramento é boa. O filme funciona mais como um ponto de continuação para os mutantes, que ganham novas perspectivas daqui para frente, incluindo a produção, apesar de indefinida, do filme Os Novos Mutantes.
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