Governador anunciou venda do terreno onde fica unidade de ensino
Um grupo com cerca de 40 estudantes ocupou, na tarde desta terça-feira (21), o Colégio Odorico Tavares, localizado no Corredor da Vitória, bairro nobre de Salvador. Os secundaristas protestam contra a venda do terreno da unidade de ensino, anunciada pelo governador Rui Costa no final do ano passado.
O movimento está sendo organizado pela Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador (AGES) e União Estadual dos Estudantes da Bahia (UEES) e também por membros da Direção Nacional da União Brasilreira de Estudantes Secundaristas (UBES).
De acordo com informações obtidas pelo Varela Notícias, mais alunos devem se juntar ao protesto. Estima-se que aproximadamente 60 pessoas chegam ao local e se unam ao grupo de hoje para amanhã (22).
Ainda segundo informações do grupo, a Polícia Militar tentou entrar no colégio, mas foi contida pelos alunos. Em nota, a PM disse que “militares da Operação Ronda Escolar e da 11ª CIPM realizam o policiamento fora do Colégio Estadual Odorico Tavares, enquanto alunos estão fazendo manifestação dentro da unidade de ensino”. O comunicado ainda complementa que policiais continuam em frente à escola acompanhando a manifestação.
As entidades emitiram um nota justificando a ocupação. Leia na íntegra:
CARTA ABERTA – OCUPAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL ODORICO TAVARES
OCUPAR E RESISTIR
Nós, estudantes secundaristas de toda rede estadual de ensino, após longas rodadas de debates e avaliações resolvemos e encaminhamos uma ação em resposta ás ações autoritárias de fechamento dos colégios, sem dialogo, bem como a estratégia de sucateamento adotada pelo Ilustríssimo Senhor Governador Rui Costa e do seu Secretário Estadual de Educação Jerônimo Rodrigues.
Através dos espaços de construção e organização da AGES – Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador e da União Estadual dos Estudantes – UEES BAHIA, bem como acompanhados por membros da Direção Nacional da UBES (Debora Nepomuceno – Vice Presidenta e Vinicius Calmon – Diretor) chegamos ao entendimento que só ocupando fisicamente com nossos corpos, e politicamente com nossas ideias e bandeiras o principal caso de irresponsabilidade pública, que é o Colégio Estadual Odorico Tavares.
Pronto para ser entregue a especulação imobiliária, o Odorico é uma das instituições que arbitrariamente vem sendo sucateado e teve o aviso de fechamento entregue aos membros da sua comunidade acadêmica. Com um dos argumentos sendo o esvaziamento por dificuldade dos alunos de chegarem a escola, o fechamento configura na verdade um processo de higienização social e de impedimento da circulação de pessoas de classes sociais mais humildes pelas áreas nobres da cidade.
Estamos em estado de ocupação também no Colégio Estadual Maria José Lima Silveira na cidade de Jequié no bairro Jequiezinho. Compreendemos que o papel na luta e na construção de uma educação pública, de qualidade e acessível não se findará com êxito fechando escolas e cerceando o direito de acesso à cidade.
Nossa ocupação é pacífica, política e social, e exigimos que se inicie imediatamente uma mesa de negociação com responsáveis da Secretária de Educação – SEC, para debatermos os fechamentos dos colégios, bem como a situação de toda rede estadual de ensino, que se encontra em sua maioria sucateada, abandonada e sem estrutura básica de funcionamento.
Saudações Estudantis
Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador
União Estadual dos Estudantes
Um grupo com cerca de 40 estudantes ocupou, na tarde desta terça-feira (21), o Colégio Odorico Tavares, localizado no Corredor da Vitória, bairro nobre de Salvador. Os secundaristas protestam contra a venda do terreno da unidade de ensino, anunciada pelo governador Rui Costa no final do ano passado.
O movimento está sendo organizado pela Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador (AGES) e União Estadual dos Estudantes da Bahia (UEES) e também por membros da Direção Nacional da União Brasilreira de Estudantes Secundaristas (UBES).
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De acordo com informações obtidas pelo Varela Notícias, mais alunos devem se juntar ao protesto. Estima-se que aproximadamente 60 pessoas chegam ao local e se unam ao grupo de hoje para amanhã (22).
Ainda segundo informações do grupo, a Polícia Militar tentou entrar no colégio, mas foi contida pelos alunos. Em nota, a PM disse que “militares da Operação Ronda Escolar e da 11ª CIPM realizam o policiamento fora do Colégio Estadual Odorico Tavares, enquanto alunos estão fazendo manifestação dentro da unidade de ensino”. O comunicado ainda complementa que policiais continuam em frente à escola acompanhando a manifestação.
As entidades emitiram um nota justificando a ocupação. Leia na íntegra:
CARTA ABERTA – OCUPAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL ODORICO TAVARES
OCUPAR E RESISTIR
Nós, estudantes secundaristas de toda rede estadual de ensino, após longas rodadas de debates e avaliações resolvemos e encaminhamos uma ação em resposta ás ações autoritárias de fechamento dos colégios, sem dialogo, bem como a estratégia de sucateamento adotada pelo Ilustríssimo Senhor Governador Rui Costa e do seu Secretário Estadual de Educação Jerônimo Rodrigues.
Através dos espaços de construção e organização da AGES – Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador e da União Estadual dos Estudantes – UEES BAHIA, bem como acompanhados por membros da Direção Nacional da UBES (Debora Nepomuceno – Vice Presidenta e Vinicius Calmon – Diretor) chegamos ao entendimento que só ocupando fisicamente com nossos corpos, e politicamente com nossas ideias e bandeiras o principal caso de irresponsabilidade pública, que é o Colégio Estadual Odorico Tavares.
Pronto para ser entregue a especulação imobiliária, o Odorico é uma das instituições que arbitrariamente vem sendo sucateado e teve o aviso de fechamento entregue aos membros da sua comunidade acadêmica. Com um dos argumentos sendo o esvaziamento por dificuldade dos alunos de chegarem a escola, o fechamento configura na verdade um processo de higienização social e de impedimento da circulação de pessoas de classes sociais mais humildes pelas áreas nobres da cidade.
Estamos em estado de ocupação também no Colégio Estadual Maria José Lima Silveira na cidade de Jequié no bairro Jequiezinho. Compreendemos que o papel na luta e na construção de uma educação pública, de qualidade e acessível não se findará com êxito fechando escolas e cerceando o direito de acesso à cidade.
Nossa ocupação é pacífica, política e social, e exigimos que se inicie imediatamente uma mesa de negociação com responsáveis da Secretária de Educação – SEC, para debatermos os fechamentos dos colégios, bem como a situação de toda rede estadual de ensino, que se encontra em sua maioria sucateada, abandonada e sem estrutura básica de funcionamento.
Saudações Estudantis
Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador
União Estadual dos Estudantes
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Bahia