Uma enfermeira responsável pelo centro de triagem da emergência de um hospital foi indiciada por homicídio doloso no Rio de Janeiro. O motivo é um morador de rua, que veio a óbito na calçada do hospital, sem ter atendimento. As informações são do jornal Extra.
O crime aconteceu em dezembro do ano passado. Imagens obtidas pela polícia revelam que a mulher atendeu Deodoro Barbosa da Conceição, de 43 anos, em apenas 33 segundos e que a profissional não se aproximou do paciente, nem mesmo colocou luvas para atendê-lo. Se denunciada pelo Ministério Público, a mulher deverá ir a júri popular.
Ela alegou que não se aproximou de Deodoro porque ele estava agitado. Em depoimento, disse que a unidade estava priorizando casos mais graves. A enfermeira alegou que Deodoro estava bêbado, aparentava ter feito uso de drogas e apresentava "sujilidade". Ela contou que, ao chegar perto dele, perguntou se Deodoro queria atendimento e ele teria acenado que não com a cabeça, já que não conseguia falar. A profissional ainda afirmou que não notou que era preciso prestar um atendimento de emergência.
Outro vídeo mostra que Deodoro foi deixado na porta do hospital em uma cadeira de rodas, carregado por funcionários. Eles alegaram que, ao perceber que o homem estava passando mal, colocaram as luvas e o levaram de cadeira de rodas para dentro da unidade, para buscar atendimento.
Ambos afirmam que ele estava desorientado, sujo e agressivo. Com ele havia um cobertor, um isqueiro e um pedaço de papelão sujos com sangue, urina e fezes. Os seguranças afirmaram que foi Deodoro que saiu da cadeira e foi para o chão. Os dois foram exonerados do cargo.
Ainda de acordo com o Extra, a causa da morte foi edema nos pulmões e micro cardiopatia dilatada. Ele já havia sido atendido no hospital em outras ocasiões. A enfermeira foi indiciada por homicídio qualificado, com motivo torpe.
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