
A família de Arlete Santos dos Reis, que morreu na última segunda-feira (1/6), vítima da Covid-19, afirmou que não sabe com clareza dia e horário da exumação do corpo da doméstica. O marido dela, Reginaldo Santos, alegou que nem o Hospital Espanhol, nem a Justiça deram novas informações sobre o caso.
Os familiares passaram a tarde desta quarta-feira (3/6) no Instituto Médico Legal (IML), em busca de notícias. "Ouvimos de um ou outro a informação de que seria hoje, por volta das 16h, mas ninguém teve o respeito de chegar para a família e dizer o horário exato", revelou Reginaldo.
Também em contato com o portal, a assessoria do Hospital Espanhol disse que a insituição não é mais a responsável pelo caso, mas sim a Justiça e a Polícia Civil, que estão encarregados de definir o dia e horário do procedimento. Isto porque, mesmo que a ordem de exumação já tenha sido aprovada, um documento de liberação precisa chegar até o IML, o que não tinha acontecido até o final da tarde desta quarta.
O Espanhol garantiu que está em contato com o cemitério de Portão, em Lauro de Freitas, para arcar com os custos do enterro, e também aguarda aval da polícia para dar continuidade ao processo. e hospital foi enterrado no lugar de outra pessoa; exumação é autorizada
HISTÓRIA
De acordo com o marido de Arlete, Reginaldo César, a autorização para o enterro e a certidão de óbito foi expedida, mas a família levou um susto ao não encontrar o corpo. "Como é que não sabe quem enterrou? Como não sabe onde está? Isso é absurdo, é um mistério, e precisam resolver", desabafou ele antes de toda a confusão ser esclarecida pela direção do Hospital Espanhol.
A própria assessoria do HE admitiu o erro. De acordo com o hospital, o corpo da doméstica estava identificado, erroneamente, com duas etiquetas: uma com seu nome e outra com o de uma mulher de aspectos físicos semelhantes e de prenome Rosângela. Esse corpo foi reconhecido, também de forma errada, pelo irmão desta segunda pessoa, sem observar a presença de duas identificações.
O corpo de Arlete foi sepultado pela família de Rosângela, em Portão, e a confusão só foi esclarecida após familiares da doméstica constatarem que o hospital não tinha o seu corpo, mas o da outra mulher. A certidão de óbito de Arlete está em mãos de Reginaldo, mas ele aguarda que a exumação seja feita para acabar com o drama. O Hospital Espanhol se comprometeu a arcar com as despesas dos serviços.
Tags
Bahia