Ação busca promover turismo náutico na baía de Todos-os-Santos
O afundamento do ferry Agenor Gordilho e do rebocador Vega, neste sábado (21) chamou a atenção de quem passava pela Ladeira da Barra.
Um pequena platéia se ajustou para acompanhar o evento nas imediações do Yacht Club da Bahia.
O motorista Odenilton Barbosa aproveitou a oportunidade para levar filhos e sobrinhos e acompanhar o evento, nunca antes visto em terras soteropolitanas.
“Teve uma expectativa com a demora, mas, graças a Deus, tudo correu em paz. Foi uma diversão pra eles [os filhos]”, disse.
Já o professor Ernani Alcântara foi munido de sua câmera fotográfica para registrar o momento. Ele lembrou com emoção da embarcação.
“Esse ferry marcou a história da galera que viajou pra ilha por muito tempo, então, eu que sou de Salvador e que sempre frequentei a ilha, pra mim, vir aqui registrar esse momento é importantíssimo. Nasci no final da década de 1970 e já conheço a ilha desde essa época. Então, vir registrar esse momento, em alto estilo, fazendo fotos bacanas pra deixar guardado e compartilhar esse momento”, relembrou.
O início da operação se deu às 11 horas, e às 12h30 o Agenor Gordilho foi engolido pelas águas. Logo após se deu início o afundamento do rebocador.
Esta é a primeira vez que uma embarcação do tipo é afundada de forma proposital e com finalidade turística.
Com 71 metros de comprimento e 19 metros de altura, o Agenor Gordilho fez a viagem inaugural no Sistema Ferry Boat no dia 5 de dezembro de 1972. A embarcação realizou a travessia Salvador-Itaparica durante 45 anos, até o fim de 2017.
De acordo com a Setur, o naufrágio assistido de embarcações propicia a formação de recifes artificiais, que favorecem o habitat marinho e se convertem em atrativo para visitantes. A expectativa é de que a embarcação esteja repleta de vida marinha em 12 meses.