Apenas no mês de janeiro, dois milhões de brasileiros entraram na pobreza em consequência do fim do auxílio emergencial. O dado foi calculado a pedido do portal G1 por Naercio Menezes Filho, coordenador da Cátedra Ruth Cardoso no Insper.
Cerca de 26 milhões de brasileiros, ou seja, 13% da população do país, estão sobrevivendo com uma renda de R$ 250 por mês.
Ao portal, o pesquisador afirmou que durante o pagamento do auxílio, a taxa de pobreza chegou a 8% e a da extrema pobreza caiu de 3% para 1%. Esses foram os menores dados no Brasil desde 1970.
O índice de Gini, que monitora a desigualdade de renda, também obteve mudança. Na época do pagamento, o índice teve uma diminuição de 0,53 para 0,47, sendo que quanto mais perto do zero, maior é a igualdade de renda entre a população. Essa foi a primeira vez que o índice ficou abaixo de 0,50 no país.
Com a redução do benefício de R$ 600 para R$ 300 e com o fim do auxílio emergencial, porém, os indicadores de pobreza e extrema pobreza começaram a aumentar.
