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Governo avalia novo auxílio emergencial, que deve ter novo nome e menor valor; veja o que está em estudo

O Governo Federal está trabalhando em uma nova proposta para trazer de volta o auxílio emergencial em 2021, que incluiria o pagamento de três parcelas mensais, cada uma delas no valor de R$ 200.

O retorno do benefício se deve principalmente pela pressão política que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está sofrendo por parte de deputados federais e senadores, que querem o retorno do benefício. O valor foi pensado para ficar próximo ao patamar de benefício médio do Bolsa Família, aproximadamente  R$ 190. A proposta tem novas exigências para o recebimento do benefício e um novo nome: Bônus de Inclusão Produtiva (BIP).

Tudo está em estudo, mas, para receber o auxílio, a pessoa precisará participar de um curso para qualificação profissional, bem como ser associado à Carteira Verde e Amarela, programa que deve ser relançado pelo governo para reduzir encargos trabalhistas e estimular a formalização de pessoas de baixa renda. No novo formato, o programa custaria pouco mais de R$ 6 bilhões por mês, bem abaixo dos R$ 50 bilhões gastos com o "Coronavoucher". 

DE ONDE TIRAR? 

presidente Jair Bolsonaro se reuniu na quarta-feira (3), com os novos presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL) , que é defensor da prorrogação do auxílio, para discutir alternativas para a prorrogação do benefício. 

Na segunda-feira (8/2), Bolsonaro falou pela primeira vez sobre o retorno do beneficio. "Eu acho que vai ter uma prorrogação. Você pode ver: foram cinco meses de R$ 600 e quatro de R$ 300. O endividamento chegou na casa de R$ 300 bilhões. Isso tem um custo. O ideal é a economia voltar ao normal.Tem que fazer com responsabilidade. Se você não fizer com responsabilidade, você acaba tendo a desconfiança do mercado, aumenta o dólar e impacta no preço do combustível. Vira uma bola de neve ”, disse o presidente.

Em declarações anteriores, Bolsonaro havia negado a possibilidade de estender o benefício. No final de janeiro, em uma conversa com apoiadores no palácio do planalto, afirmou que o auxílio não é duradouro. Ele também alegou que a capacidade de endividamento do país está "no limite”. "A palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria . Lamento muita gente passando necessidade, mas nossa capacidade de endividamento tá no limite", declarou o mandatário. 

Essa questão do endividamento do país voltou a ser comentada por Bolsonaro nesta quarta-feira (10/2). Ele afirmou que “não tem dinheiro no cofre” para pagar as parcelas. “A arrecadação esteve praticamente equivalente nos municípios tendo em vista o auxílio emergencial, que volta a ser discutido e que eu falo: não é dinheiro que eu tenho no cofre, é endividamento. Isso é terrível também. A economia tem que pegar. Temos que voltar a trabalhar. Nos preocupamos com os mais idosos, os que têm comorbidades, mas a roda da vida tem que continuar. Sou muito criticado por isso”.

Em 2020, os beneficiados pelo auxílio receberam ao menos cinco parcelas, entre R$ 300 e R$ 1200. Em setembro, o governo decidiu prorrogar o auxílio até dezembro no valor de R$ 300, mas redefiniu as regras e só 56% dos aprovados fora do Bolsa Família receberam as extras. 

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