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Surtado ou indignado?: O grito de socorro do PM Wesley diante das pressões e injustiças governamentais - Bereu News

Surtado ou não, só almejava contar com o apoio dos demais irmãos de farda que também não suportam mais.

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Tabu na segurança pública, visto como uma fraqueza, fragilidade e até mesmo incompetência, o adoecimento psicológico ainda é pouco valorizado dentro das estruturas militares. É tido como uma soma de vários fatores como estresse, problemas hierárquicos, jornada excessiva de trabalho, desestímulo e falta de reconhecimento por conta do estado e da sociedade.


Logo, a natureza da função policial costuma expor os agentes ao estresse continuado, tanto por questões institucionais, quanto pelo contato e enfrentamento com a criminalidade crescente. Afinal, policiais lidam diariamente com injustiças e tem como meta de trabalho prover a ordem social.

Vivendo cotidianamente sob estresse e conflitos da profissão, os trabalhadores da segurança pública estão num quadro agravado pelos riscos do coronavírus, uma vez que estão convocados a atuar na linha de frente do enfrentamento à pandemia por realizar serviço essencial. 


A ação conflituosa que ocorreu durante este domingo (28/3), a qual resultou na morte do PM Wesley é um exemplo das pressões psicológicas causadas pela pandemia. Por meio dos vídeos é possível ver que o "surto" definido por muitos, são apenas pedidos de socorro contra opressão governamental.

O intuito durante todo o dia foi chamar a atenção das autoridades governamentais para tantas injustiças. Desde a chegada do PM ao Farol da Barra, as reivindicações para honrar o sistema é cobrado.


"Eu não vou permitir que firam a dignidade de um pai de família", afirma Wesley. Com tudo isso só nos resta uma pergunta: surtado ou cansado de injustiças?.

A manifestação individual do PM Wesley despertou muitos baianos neste domingo, principalmente por mostrar que além de policial era humano, e se recusava a cumprir ordem que feriam a honra e contradizia à conduta de sua missão.


"Eu quero trabalhar com honra, com dignidade. Eu não vou prender trabalhador, não entrei na polícia para prender pai de família. Quero trabalhar com dignidade, por que sou Policial Militar da Bahia".

Por vária vezes, o soldado lotado na 72° Companhia da Polícia Militar de Itacaré reforçou que não ia cumprir ordens de prender pais de família e pedia apoio dos amigos de farda, os mesmos que agiram com poder de fogo que custou sua vida.


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