Enquanto os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) julgavam a anulação do ex-presidente Lula, na quinta-feira (16/4), o ex-ministro Sérgio Moro, responsável pelo julgamento e cujos atos estavam sendo questionados, não acompanhou a decisão. Ele participava de uma videoconferência de duas horas com e empresários integrantes do grupo Alma Premium.
“Eu, particularmente, tenho a consciência tranquila do trabalho que foi realizado (...) Eu não tive interesse pessoal nesse caso, nem estava acompanhando o placar desse julgamento”, declarou, segundo o jornal Diário de Pernambuco, que acompahou a reunião.
Moro comentou sobre as decisões tomadas por ele durante a Lava Jato, questionadas pelos magistrados. “Se eu não fizesse, se eu não cumprisse o meu dever, ia estar traindo o que acredito”. "
"Essa bobagem que falam sobre ‘criminalização da política’, no fundo não é, quem recebeu suborno é que está criminalizando a política (...) Precisa-se ter a decisão de em que lado estar, em uma ponta ou na outra”, continuou.
Apesar de ter demonstrado desinteresse sobre o julgamento dos processos de Lula no STF, Moro e os empresários participantes foram informados “voto a voto” sobre o posicionamento de cada ministro da Suprema Corte.
Sobre as pretensões políticas e as chances de concorrer à Presidência da República em 2022, Moro não se estendeu e disse que as discussões sobre o assunto estão “um pouco antecipadas demais”.
