Um homem suspeito de participação no incêndio da estátua de Borba Gato, localizada no bairro de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, foi preso na madrugada deste domingo, 25, pela Polícia Civil.
De acordo com investigações do 11º Distrito Policial de Santo Amaro, o suspeito é um motorista que dirigia o caminhão que conduziu parte do grupo, com pneus usados para incendiar o monumento, até o endereço onde está localizada a estátua.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a polícia afirma que o veículo usado estava com as placas adulteradas.
O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), afirmou, em nota enviada à imprensa, que “as investigações prosseguem para identificar e localizar os demais autores”.
Por volta das 13h30 deste sábado, 24, um grupo desembarcou de um caminhão e espalhou pneus na avenida Santo Amaro e em torno do monumento, ateando fogo em seguida. Um movimento chamado "Revolução Periférica" assumiu a autoria do incêndio.
Essa não foi a primeira vez que a estátua se tornou foco de protesto. O monumento, assinado pelo escultor Júlio Guerra e inaugurado em 1962, é alvo frequente de críticas de grupos que defendem a retiradas de homenagens que exaltam pessoas ligadas ao passado brasileiro marcado pela escravidão, a colônia e a ditadura.
O papel dos bandeirantes é questionado porque um dos objetivos das expedições era caçar indígenas e escravizá-los. Muitas vezes, aldeias inteiras eram destruídas e seus habitantes dispersados para sempre.
