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'Me jogou na parede', diz ex-detenta que acusa policial penal de estupro

Caso teria ocorrido no último sábado em uma cadeia no Rio de Janeiro


Uma ex-detenta de 24 anos diz que sofreu um estupro de um policial penal. De acordo com ela, as agressões aconteceram no último sábado (9), no banheiro de um presídio no Rio de Janeiro.

Em entrevista ao jornal RJ2, da TV Globo Rio, a jovem diz que está traumatizada e não consegue parar de pensar nas agressões que sofreu. Ela contou ainda que não dorme e não se alimenta direito há três dias.

Segundo o relato da moça, o agente teria proposto que ela fizesse um sexo oral nele em troca de um adiantamento na audiência de custódia dela. Diante da recusa, a obrigou a praticar o ato.

"Eu cheguei para fazer a triagem, né?!, Aí ele falou que eu tinha que sentar e esperar um pouquinho que ele ia conversar comigo. Eu falei: tudo bem. Aí, ele me levou tipo numa carceragem que tem lá, que só é permitida a entrada de mulheres lá, mas ele entrou. A câmera pega ele entrando e eu sentei, né? Sentei assim na cadeira e ele foi. Falou assim para mim: olha, aqui é o banheiro. Vem ver. Aí, eu levantei e fui ver o banheiro. Quando fui ver o banheiro, ele já estava com as partes íntimas para fora e falou assim pra mim: chupa aqui que eu vou adiantar sua audiência de custódia e eu falei: não. Eu tenho advogado. Aí ele: você não tem que querer, aí puxou meu cabelo, me jogou na parede e me obrigou a fazer o b(*) nele", relatou em entrevista a TV Globo.

O caso foi denunciado por uma policial penal que encontrou a moça em estado de choque após sofrer a violência. O caso foi denunciado ao diretor da cadeia. O agente Alcides Barbosa alegou que a mulher teria concordado em manter a relação com ele.

"Ele admitiu ao diretor que de fato tinha praticado uma relação sexual com essa interna. Admitiu que tinha usado uma artimanha, dizendo para ela que supostamente iria antecipar uma audiência de custódia, o que é uma mentira, ele não tem condição de fazer isso", disse o secretário de Administração Penitenciária, Fernando Veloso.

A ex-presa nega ter aceito qualquer tipo de acordo.

"Eu falei que não queria, aí ele falou: você vai fazer sim, o sexo oral, começou a me pressionar na parede, ficou mandando eu apertar o peito dele. Eu falei que ia gritar e ele falou: você não vai gritar não. Apertou minha boca", disse a presa.

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