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Zuckerberg defende Facebook e diz que não prioriza lucro

 


O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, fez pela primeira vez um pronunciamento oficial para defender a empresa das recentes acusações contra a rede social e do vazamentos de documentos e estudos internos. O executivo defendeu a rede social dizendo que a plataforma é importante para a sociedade e não prioriza o lucro.

 

Em um longo texto publicado em seu perfil pessoal — e inicialmente direcionado apenas aos funcionários —, Zuckerberg defendeu as ações da plataforma e criticou Frances Haugen, a ex-diretora de produtos da empresa que fez o vazamento e prestou depoimentos ao Senado dos Estados Unidos na última terça-feira (5) para detalhar as alegações.

Ele ainda garantiu maior transparência e colaboração a partir de agora, sem detalhar exatamente as ações que serão tomadas. Na carta, ele ainda comentou o apagão que deixou os serviços da empresa desconectados por horas, citando a importância das plataformas ao redor do mundo.

 

O que Zuckerberg disse?

Uma das principais defesas do CEO envolveu reforçar que o Facebook não prioriza lucro em vez de segurança e bem-estar dos usuários. Como exemplo, ele usou uma novidade implementada em 2018 chamada Meaningful Social Interactions, que mudou a ordem de postagens no feed de notícias para reduzir vídeos virais e aumentar conteúdos de amigos e família.

Além disso, ele rejeita a acusação de que o conteúdo publicado no Facebook "deixa as pessoas furiosas" ou prejudica a democracia, chamando o argumento de "ilógico". Segundo o executivo, anunciantes pedem especificamente para que seus posts não apareçam próximos de publicações danosas e o produto não é construído para deixar as pessoas com raiva ou depressivas, mas sim o oposto.

 

A questão dos jovens

Zuckerberg também rebateu a interpretação dos estudos de que o Instagram causa efeitos danosos em meninas adolescentes — motivo principal que levou o Senado a realizar a audiência. Ele chama a acusação de "descaracterização" dos resultados e aponta que o estudo também demonstra que o Instagram gerou efeitos positivos em momentos de dificuldade normalmente enfrentados por adolescentes.

 

De acordo com o executivo, a empresa tem uma estrutura complexa de pesquisas para verificar esse tipo de efeito e trazer a melhor experiência possíveis para todos os públicos, incluindo os jovens que inevitavelmente entram em contato com tecnologia.

O Instagram é acusado de prejudicar a autoestima de jovens e aumentar fatores como o bullying.
O Instagram é acusado de prejudicar a autoestima de jovens e aumentar fatores como o bullying.     

 

"Sei que é frustrante ver o bom trabalho que fazemos aqui ser descaracterizado, especialmente aqueles que fazem importantes contribuições em segurança, integridade, pesquisa e produto. Mas eu acredito que, a longo prazo e se continuarmos tentando fazer o que é certo e entregar experiências que melhorem a vida das pessoas, será melhor para nossa comunidade e nosso negócio", diz Zuckerberg.

 

"Pedi aos líderes da companhia que mergulhem profundamente em nosso trabalho em suas áreas nos próximos dias para que vocês possam ver tudo o que estamos fazendo para chegar lá", afirma.

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