Após 10 dias de sessões no Foro Central de Porto Alegre, os quatro réus apontados como responsáveis pela tragédia da Boate Kiss foram condenados por homicídio simpes com dolo eventual.
“A culpabilidade dos réus é elevada, mesmo se tratando de dolo eventual. Apesar de eventual, este dolo foi intenso e isso repercutirá na pena”, disse o juis Orlando Faccini Neto, ao ler a sentença. Elissandro Spohr, sócio da boate, foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão e Mauro Hoffmann, o outro sócio, recebeu 19 anos e seis meses de pena. Marcelo de Jesus e Luciano Bonilha, vocalista e auxiliar da banda Gurizada Fandangueira, respectivamente, foram condenados a 18 anos de prisão.
A tragédia aconteceu em janeiro de 2013, durante o show da banda Gurizada Fandangueira, na cidade de Santa Maria. Um dos réus, Luciano Bonilha, comprou os fogos que deram início ao incêndio na boate. Elissandro e Mauro, sócios da boate, foram responsabilizados por colocarem nas paredes e nos tetos do local espuma inflamável em um espaço superlotado, sem condições de evacuação, como afirma denúncia do Ministério Público.
A casa noturna tinha capacidade para 690 pessoas e no momento havia entre 800 e 1000 jovens, em sua maioria universitários. O incêndio matou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridas. A maior parte das vítimas veio á óbito por inalação tóxica da fumaça.
