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Pai desabafa em vídeo após filho com deficiência visual ter matrícula negada por escola de Salvador

Após afirmar que tinha vagas, escola negou matrícula ao descobrir que adolescente era cego


Para qualquer pai, mudar o filho de escola pode ser um processo demorado que envolve cuidados e uma relação de confiança com a instituição escolhida. O estilista Elcimar Badu, de 51 anos, no entanto, tem enfrentado dificuldades ainda maiores na tentativa de matricular seu filho Luís Otávio Badu, de 13 anos, para cursar o 7º ano do ensino fundamental. Luis Otávio teve a matrícula negada na Escola Adventista de Amaralina por ser cego.


Após a negativa, que aconteceu no último dia 28 de dezembro, o pai do garoto usou as redes sociais para desabafar (veja o vídeo abaixo). “Vamos pedir a Deus que oriente esse povo a ter mais humanidade”, disse o estilista ao relatar o ocorrido. Em conversa com o Metro1, Badu explicou que todo o processo para a matrícula já havia sido feito e que a escola havia garantido a existência de vagas. “Foi uma das primeiras coisas que eu perguntei, se tinha vaga, e disseram que sim. Fizemos toda a visita, vimos como seria os detalhes do pagamento e no final disseram que ainda era preciso uma entrevista”, detalhou.


Na entrevista final, a negativa da vaga aconteceu na frente de Luís Otávio. “Disseram que só poderiam aceitar dois alunos com deficiência por turma e que não teriam a vaga dele, mesmo eu tendo perguntado se havia vaga logo no início”, contou. O estilista explica que a situação deixou o adolescente revoltado. “Foi tudo na frente dele, ele disse coisas como “eu não valho nada, tenho que morrer, nem a escola me quer”, é muito difícil ouvir seu filho dizer isso”, lamenta.


O pai explica que o processo de matrícula de Luis Otávio ainda não foi finalizado e que está não é a primeira vez que passa por dificuldade para matricular o adolescente, “Tivemos que tirar ele da escola anterior por conta da situação da pandemia e a impressão que dá é que a escola vê como alívio. Não nos procuram, não tentam resolver, ajudar. Agora eu decidi que não vou mais me calar”, diz.


Depois da situação mais recente, o estilista diz já ter procurado o Ministério Público para denunciar a situação. O Metro1 buscou a Escola Adventista de Amaralina para um esclarecimento e aguarda retorno. O Ministério Público também foi procurado pela reportagem, mas ainda não respondeu aos questionamentos.

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