O candidato Luis Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre as acusações de corrupção em seu governo durante a sabatina desta quinta-feira (25/8). Em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, o ex-presidente listou motivos pelos quais considera que deve ser reeleito.
O jornalista Willian Bonner começou lembrando que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento de Lula, citando que moro foi imparcial, e o petista "não deve nada a justiça". O candidato respondeu prometendo investigar todas as suspeitas que podem vir a surgir caso seja eleito.
"Não há hipótese [de corrupção em meu nome]. Eu quero voltar pra presidencia da república e qualquer hipótese, por menor que seja, será investigada. É assim que se combate a corrupção no país", cravou. "Você acha que o mensalão é mais grave que o orçamento secreto?", perguntou, mais tarde.
Ele também aproveitou para alfinetar o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), seu principal rival nas pesquisas. "Durante cinco anos eu fui massacrado e estou tendo hoje a primeira oportunidade de falar disso abertamente. Primeiramente, a corrupção só aparece se você 'mexer'", disse.
Depois, Lula detalhou ainda mais a indireta, falando sobre a troca do delegado da Polícia Federal por Bolsonaro e as acusações do ex-ministro Sérgio Moro de interferências no Ministério da Justiça. "Eu poderia ter pedido que a Polícia Federal tivesse um delegado que eu pudesse acompanhar. Não fiz", declarou.
Em outro trecho, ele disse que Bolsonaro "parece o bobo da corte" e que "não tem controle do orçamento".
LAVA JATO
O candidato criticou a Lava Jato, processo investigativo que o levou a prisão. Segundo ele, a "Lava Jato quase joga o nome do Ministério Público na lama". O político também criticou a delação premiada, que, em sua opinião, "dá liberdade a quem assumiu a culpa".
ECONOMIA
Sobre economia, o candidato citou a ex-presidente Dilma Rousseff e admitiu que ela errou. "Se um dia entrar alguem no seu lugar no Jornal Nacional, você vai entender", se defendeu.
Ele comentou ainda a inflação atual e comparou com o cenário econômico do primeiro mandato. "Você não deve lembrar o que os economistas disseram pra mim em 2022", brincou.