Sempre ouvimos no dia da ceia: "Examine, pois, o homem a si mesmo". (1º Coríntios 11.28)
Examinar o irmão que está ao meu lado ou ao seu lado é fácil, não exige muito de nós.
Como
é bom examinar o outro! Mas, ao mesmo tempo em que estamos examinando o
próximo, podemos estar exercendo a função de juiz, podemos estar
julgando e, biblicamente, não devemos julgar o outro. Isso é uma obra
divina e não humana!
Precisamos urgentemente tirar a trave dos
nossos olhos, temos que aprender a olharmos para dentro de nós mesmos. E
olhar para dentro de nós dói, como dói!
Se vasculharmos o nosso
coração, poderemos encontrar tanto lixo que já era para ter sido jogado
fora, mas ainda permanece dentro de nós, cheirando mal, até
apodrecendo.
Encontramos também rancor e mágoa que se alojam em
nosso coração, pessoas que acompanham nossa mente pelo mal que nos
fizeram, pelas palavras que nos falaram e deixaram marcas profundas.
E o que falar dos nossos complexos que nos fazem sentirmos sempre pior e pior.
Examinarmo-nos
a nós mesmos não é para qualquer um, porque pressupõe uma avaliação que
resultará em diagnóstico. A questão é que nem todo diagnóstico é
bem-vindo. Alguns já presumem o resultado e preferem não fazer o
autoexame. São aqueles que se enquadram na imprudência e no comodismo
cristão. O problema é que a "doença" pode virar um câncer sem cura.
Outros
fazem o processo da autoavaliação e quando recebem o diagnóstico negam o
resultado. "Não pode ser... Como posso estar tão longe de Deus, se
exerço liderança? Não, eu oro todos os dias e dou o dízimo fielmente.
Eu, fariseu? Não, não e não." São os que vivem no autoengano e podem se
surpreender no dia do juízo final.
Sim, esse dia chegará e está
próximo! Que nosso autoexame, independente do resultado, possa nos
conduzir à presença Daquele que julga retamente, que está pronto a
perdoar (Ele lança todos os nossos pecados no mar do esquecimento. “Deus
tem aminesia por amor a nós”).
Que possamos nos arrepender de
fato e deixar que o médico das nossas almas nos liberte e nos cure
totalmente. Ele não cobra a consulta, dá a receita e oferece o remédio,
promovendo cura total. O preço já foi pago na cruz!
Quando o
filho pródigo estava em uma péssima situação, teve que olhar para dentro
dele. E quando se olha para dentro, ainda podemos encontrar alguma
solução. Quem sabe podemos lembrar onde caímos?
Confesso que
tenho dificuldades de olhar para dentro de mim, mas reconheço que
preciso fazer isso constantemente. Preciso praticar esse dever mais
vezes.
Reflita: Você consegue examinar-se a si mesmo?
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Reflexão