BEREU NEWS

Preso que implorou ao STF após ameaça de PCC se mata


 

Integrantes do PCC ameaçavam matar a família do detento condenado a 100 anos de prisão

O preso Edilson Santos Gomes, de 50 anos, que era ameaçado por colegas integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), ateou fogo na própria cela e morreu em uma unidade de saúde no último dia 23, após dar entrada com queimaduras de terceiro grau e um edema no pulmão. Ele estava preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo. As informações são da coluna do Josmar Jozino, do UOL.

Em 2004, Edilson apelou ao STF (Supremo Tribunal Federal) para ser transferido de presídio. O local é um reduto de integrantes da maior organização criminosa do Brasil. No seu pedido, feito ao então ministro Nelson Jobim, à época presidente da Corte, o detento dizia que não simpatizava com nenhuma facção e que ser visto como um membro do PCC lhe causava “aborrecimentos, angústias e danos irreparáveis em sua vida no cárcere”. O pedido de transferência não foi aceito.

Não se sabe o motivo pelo qual o preso passou a ser ameaçado por detentos do PCC, mas a coluna do UOL apurou que os criminosos ameaçaram matar a família de Edilson, caso ele não tirasse a própria vida na prisão. A possibilidade de ver seus familiares mortos o deixou em pânico e ele pediu à diretoria da unidade para ficar isolado e longe do convívio dos demais prisioneiros.

Ainda segundo a coluna, o detento ateou fogo nas roupas e no colchão da cela onde estava sozinho desde o dia 1º de fevereiro. O espaço tinha pouca ventilação. A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo informou ao UOL que no dia 6 de fevereiro Edilson ofereceu resistência para sair do local que estava em chamas. Ele havia sido condenado a cem anos e quatro meses de prisão pelos crimes de homicídios, latrocínio (roubo seguido de morte) e assaltos.

Postar um comentário

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem

Publicidade 2

BEREU NEWS
BEREU NEWS