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Rodoviários da empresa Rosa ameaçam entrar em greve nesta quarta (26) por falta de pagamento do ticket alimentação


Conforme presidente do Sindicato dos Rodoviários, a empresa também possui dificuldades para realizar o parcelamento da dívida do FGTS, que está atrasado há um ano.

Nesta terça-feira (25), o presidente Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana, Alberto Nery, informou em entrevista ao Programa Jornal das Duas, do radialista Paulo José, que se o pagamento do ticket alimentação dos rodoviários, que estava previsto para ser pago no dia 5 de abril, não for pago até o fim da tarde desta terça, eles entrarão em greve amanhã (26).

O presidente do Sindicato dos Rodoviários contou que durante os dias da Micareta os rodoviários suspenderam qualquer tipo de manifestação.

“Tendo em vista o tempo em que as pessoas não tinha contato com esse evento, então para que não atrapalhasse o evento, os rodoviários evitaram qualquer manifestação durante o período da Micareta. Só que a empresa Rosa, que era para ter recebido o ticket alimentação no dia 5 de abril, hoje é dia 25 e os rodoviários não receberam o pagamento e não tem previsão de quando vai ser pago”, explicou.

Alberto abordou que os trabalhadores estão insatisfeitos com a situação e possivelmente nesta quarta (26) não irão trabalhar até que o pagamento do ticket seja efetuado.

“Eles disseram que pagariam na segunda ou nesta terça, mas ao fazermos contato com a direção da empresa, não tivemos previsão desse pagamento no dia de hoje e os trabalhadores estão colocando que se não houver esse pagamento até o final da tarde, nesta quarta eles não vão para as atividades até que o ticket seja pago. Fatos como esse ocorrem principalmente na empresa Rosa, sempre no dia do pagamento da quinzena, do salário, do ticket alimentação, plano de saúde, tem atrasado constantemente”, elencou.


Os ônibus da Rosa só voltarão a circular caso seja feito o pagamento do ticket.

“Há aproximadamente um ano a empresa Rosa não recolhe o FGTS. Nós fizemos uma reunião com o Ministério Público do Trabalho, eles ficaram no compromisso de até o final deste mês de abril eles apresentarem uma proposta de parcelamento desta dívida e durante as reuniões que nós tivemos com eles, eles apresentam dificuldades para realizarem esse parcelamento. Chegou a um ponto em que a empresa está atrasando até a Previdência Social”, disse.


O presidente do Sindicato destacou que antes da Micareta realizou uma reunião com o prefeito de Feira de Santana Colbert Martins e expôs a situação.

“Apresentamos ao prefeito uma pauta, chamamos atenção dele de que havia a probabilidade da empresa entrar em colapso, conforme a direção da empresa vem colocando, fizemos um relato de todos os fatos, de tudo que vem ocorrendo no sistema. Porque também não é só a empresa Rosa que atrasa, a empresa São João há alguns meses também fez pagamentos fora do prazo determinado em acordo coletivo, então fizemos um relato e passamos para ele, para saber se há probabilidade das partes envolvidas encontrarem alternativas para fatos como esses deixarem de existir. Porque só vai prejudicar as pessoas mais carentes, que necessitam de transporte para ir e vir e fazer o deslocamento do seu trabalho. Eu acho que as partes envolvidas devem sentar e ver o que de fato estar ocorrendo para que possam solucionar”, indicou.


O que diz a gestão municipal

O prefeito Colbert Martins, em entrevista ao Acorda Cidade, relatou que já foi solicitado a liberação de recursos para minimizar o problema.

“Nós estamos fazendo o pagamento dentro da regularidade. No final do ano passado eu estive em Brasília e o Governo Bolsonaro concedeu a liberação de R$ 2 bilhões e meio, que em outubro, novembro e dezembro significou uma injeção muito boa para que a gente conseguisse diminuir o problema das empresas. De janeiro para cá esse recurso não foi liberado, em março eu estive em Brasília, o ministro Haddad estava presente, e inclusive até o presidente Lula, e foi feita a solicitação da liberação dos outros R$ 2 bilhões e meio que foram aprovados ainda no governo passado para que possamos passar para as empresas”, comunicou.


O gestor do município abordou que está fazendo pagamentos regulares para as empresas.

“Mas eu sei que existem, no meu entendimento, problemas gerenciais. Temos feito pagamentos, se as empresas apresentam problemas elas realmente podem ter dificuldades, e o que nós queremos é evitar que quem sinta isso são aquelas pessoas que precisam e dependem dos ônibus. Nós repassamos em torno de quase R$ 2 bilhões por mês, nós estamos com a tarifa congelada nesse período todo, nós tivemos aumento de diesel, vai ter aumento de salário no dia 1º e existem circunstâncias em que precisamos nos preparar, mas de qualquer forma passamos esse período inteiro com as duas empresas funcionando. Em Salvador fecharam duas empresas, em Itabuna, em Conquista então, nós temos os nossos problemas, mas administramos da melhor forma. O importante agora é que a gente veja as condições para manter os empregos, porque se essas empresas deixam de funcionar o risco de perda de emprego é muito grande”, afirmou.


Colbert informou também que conversará com o Secretário municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Saulo Figueiredo, que está no Rio de Janeiro.

“O secretário tá no Rio em uma atividade que diz respeito à Mobilidade Urbana. No dia 3 estarei no BNDES buscando recursos necessários para complementar, nós entendemos que o Governo Federal deve participar, porque se tem que ter subsídio, tem que tá no orçamento, esse tipo de aporte tem que ser feito de forma direta, e o Governo Federal tem que entrar como parte importante disse tudo”, frisou.

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