Antigo 'braço direito' de Bolsonaro está preso há quatro meses, em Brasília
Alexandre de Moraes homologa acordo de delação e concede liberdade a Mauro Cid
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou, neste sábado (9/9), o acordo de delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Jair Bolsonaro, e ordenou a sua soltura. Cid está preso desde maio no Batalhão do Exército de Brasília.
Moraes é relator dos inquéritos nos quais o tenente-coronel é investigado e recebeu o “termo de intenção” de fazer um acordo de delação chegou a Moraes nessa semana. Na última quarta-feira (6), Mauro Cid e seu advogado, Cezar Roberto Bitencourt, reuniram-se com um juiz auxiliar do gabinete do ministro.
Para ter a colaboração aprovada pela Justiça, Cid precisa prestar depoimentos, além de apresentar provas.
INQUÉRITOS
O tenente-coronel está preso há quatro meses por suspeita de falsificar cartões de vacina contra Covid-19. Ele também é investigado por vender irregularmente presentes que Bolsonaro recebeu de presidentes de outros países, além de atuação na organização de um golpe de Estado.
Em julho, Mauro Cid compareceu à CPI do 8 de janeiro e ficou em silêncio, lendo apenas uma manifestação na qual minimizou a importância de sua função no governo Bolsonaro. Ele mesmo disse, na ocasião, que era alvo de oito frentes de investigação.
EM TEMPO
Na última quinta-feira (7), o ex-secretário de Comunicação da gestão de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, escreveu: “A quem possa interessar em pleno feriado de 7 de setembro completamente esvaziado: não há o que DELATAR”.