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| Bereu News / Foto reprodução |
Após um mês de agosto que já havia lançado um alerta com uma queda de 7,95% nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em comparação com o mesmo período do ano anterior, o mês de setembro trouxe um susto ainda maior para prefeitos e prefeitas em todo o estado da Bahia. Os recursos do fundo despencaram quase 30% no primeiro repasse do mês, colocando em risco a estabilidade financeira de diversas prefeituras. Vale ressaltar que o FPM representa a principal fonte de receita para cerca de 80% dos municípios baianos.
Diante dessa crise financeira e da crescente dificuldade das prefeituras em honrar seus compromissos e despesas, a União dos Municípios da Bahia (UPB) tomou uma medida urgente. Nesta segunda-feira, dia 11 de setembro, a UPB convocou uma reunião de emergência com o objetivo de alinhar estratégias e ações junto ao governo federal e ao Congresso Nacional.
No final de agosto, prefeituras de 16 estados, incluindo a Bahia, realizaram uma paralisação de 24 horas como forma de chamar a atenção para a grave queda nas receitas municipais.
Segundo informações apuradas pelo Portal, nos dias 3 e 4 de outubro, está prevista uma grande mobilização dos prefeitos em Brasília. Nos bastidores das prefeituras, a sensação é de que se nenhuma medida for tomada até lá, as pressões sobre o governo federal serão intensificadas.
"Estamos enfrentando uma situação muito difícil, com as receitas em queda livre. Enquanto a inflação continua alta, as demandas por serviços públicos só crescem. A manutenção da folha de pessoal, pagamento a fornecedores e a prestação de serviços estão cada vez mais comprometidos. É urgente uma ajuda emergencial aos municípios, caso contrário, caminharemos para um completo colapso administrativo até o final do ano", alerta o presidente da UPB, prefeito Quinho de Belo Campo.
O presidente da UPB também estendeu o convite para a reunião aos presidentes de Associações Municipalistas do Norte e Nordeste, que devem sinalizar por mobilizações conjuntas para aumentar a pressão sobre a União e o Congresso Nacional em busca de uma solução para essa crise financeira que afeta gravemente as prefeituras.
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