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Estudante acusado de promover esquema de fraude no Enem cobrava R$ 50 mil por prova


Um estudante de medicina é investigado pela Polícia Federal por suspeita de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O homem, de 23 anos, foi identificado como André Rodrigues Ataíde e teria usado documentos falsos para fazer provas no lugar de outras pessoas.

O jovem cursa medicina na Universidade do Estado do Pará (UEPA), na cidade de Marabá, e teria usado documentos falsos para se passar pelo familiar e pelo amigo.

Segundo as investigações, a nota no Enem foi conseguida através de fraude e as duas pessoas foram aprovadas em medicina pela UEPA sem terem feito a prova. As supostas fraudes ocorreram nas provas do Enem de 2022 e 2023. Os estudantes negam as acusações.

De acordo com a Polícia Federal, um dos jovens já cursa medicina e está no sétimo semestre da faculdade. O segundo entrou na universidade em 2022 e o terceiro deveria começar o ano letivo no mês de março de 2024.

O advogado que representa dois dos suspeitos afirmou que as informações colhidas preliminarmente na delegacia não incriminam os clientes dele, que, no momento, ainda são apenas investigados.

O caso ganhou contorno no começo deste ano, após diversas postagens nas redes sociais do próprio aluno que teria feito a prova do Enem para os amigos. Ele contou ter recebido R$ 50 mil e que teria feito prova para terceiros. As provas dos envolvidos passaram por perícia, que revelou que a escrita dos suspeitos e as grafias na prova de redação são incompatíveis. Em ambos os casos, conforme a investigação, a letra apresenta semelhanças com a grafia do aluno de medicina.

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