As investigações sobre os casos, que ocorreram em novembro de 2009, foram conduzidas pela 1ª Delegacia de Canoas
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A enfermeira Vanessa Pedroso Cordeiro foi condenada a mais de 51 anos de prisão por tentar matar 11 recém-nascidos no Rio Grande do Sul, no Sul do Brasil. A decisão foi proferida pelo juiz Diogo de Souza Mazzucato Esteves nesta sexta-feira (12/7).
Segundo o Tribunal, Vanessa aplicou uma substância análoga a veneno nas vítimas, utilizando uma mistura de diazepam e morfina em crianças saudáveis no Hospital Universitário da Ulbra, em Canoas. Os jurados consideraram a técnica de enfermagem culpada por nove tentativas de homicídio; em um caso ela foi absolvida por falta de provas, e em outro o crime foi desqualificado para lesão corporal.
A defesa de Vanessa alegou que ela possui um Transtorno de Personalidade, afirmando que “não conseguia parar de fazer, mesmo sabendo que era errado”. A acusada também afirmou que não tinha conhecimento de seu transtorno mental na época dos eventos, apesar de ter um histórico relacionado a doenças psiquiátricas.
O advogado de defesa, Ezequiel Vetoretti, argumentou pela necessidade de tratamento médico para Vanessa, destacando que, “no momento que ela praticava as condutas, não tinha condições de se autodeterminar. Não conseguia conter os seus impulsos. Agiu fora da realidade, a ré nunca teve comportamento dentro da normalidade”.
As investigações sobre os casos, que ocorreram em novembro de 2009, foram conduzidas pela 1ª Delegacia de Canoas após os bebês apresentarem problemas respiratórios e convulsões, sendo posteriormente encaminhados à UTI. Apesar das condições críticas, nenhum dos bebês correu risco de morte, conforme relatado pela diretora do hospital à época.