A facção Povo de Israel (PVI), formada dentro dos presídios do Rio de Janeiro há cerca de 20 anos, conta hoje com 18 mil membros, representando 42% dos detentos no estado. A reportagem acrescenta que o PVI tem crescido ao atrair presos rejeitados por outras facções, sendo conhecido por acolher indivíduos acusados de crimes como estupro e estelionato. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Segundo a reportagem, o grupo aplica golpes de falso sequestro e extorsão, superando facções como o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro em número de presos. Relatórios apontam que o PVI movimentou R$ 67 milhões com golpes telefônicos em dois anos, utilizando empresas para lavar o dinheiro.
Ainda de acordo com o jornal, além das fraudes, a organização também pratica tráfico de drogas dentro dos presídios, investindo os lucros das extorsões no envio de grandes quantidades de entorpecentes. As autoridades descobriram 5.832 celulares, usados nos golpes, em unidades prisionais sob influência do PVI, que controla 13 penitenciárias. Investigações revelaram a ligação do grupo com policiais penais que receberam subornos para facilitar suas atividades.
A publicação detalha que o líder do grupo, Avelino Gonçalves Lima, foi condenado a 46 anos de prisão e é acusado de envolvimento em rebeliões e assassinatos dentro dos presídios. O nome da facção, Povo de Israel, está ligado a uma simbologia bíblica, diferenciando-se de outras organizações criminosas.