
Na avaliação de parlamentares, será o apoio de Lula, e não o de Lira, que vai acabar definindo quem sairá vencedor da eleição na Câmara
Os principais candidatos à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) para o comando da Câmara dos Deputados avaliaram que o processo está cada vez menos no controle do atual presidente da Casa e cada vez mais nas mãos de Lula.
Conforme apuração da coluna Igor Gadelha do Metrópoles, na avaliação dos parlamentares, será o apoio de Lula, e não o de Lira, que vai acabar definindo quem sairá vencedor da eleição na Câmara, marcada para o dia 3 de fevereiro de 2025.
Uma sinalização de preferência de Lula levará o PT e outros partidos governistas a apoiarem o preferido do Palácio do Planalto, fazendo a balança pender para ele.
Hoje, o favorito de Lira hoje é o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele assumiu o protagonismo na disputa após a desistência de Marcos Pereira (Republicanos-SP), presidente nacional de seu partido.
Os outros dois candidatos mais bem cotados são Elmar Nascimento (União-BA), que foi preterido por Lira em prol de Motta, e Antonio Brito (PSD-BA), nome apoiado por Gilberto Kassab para a presidência da Câmara.
Além de preferir um deputado mais próximo ao governo, parlamentares indicaram ainda que Lula levará as eleições de 2026 em conta ao tratar sobre a disputa pelo comando da Câmara em fevereiro.
A expectativa é que apesar de não querer entrar em conflito com Lira, Lula pode aproveitar as candidaturas do União Brasil e do PSD para tentar angariar o apoio dos partidos para sua reeleição em 2026.
O União, por exemplo, tem sinalizado que pode lançar o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, na disputa. Já Kassab defende apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele seja candidato.