Caso Vitória: Maicol é transferido para o Centro de Detenção Provisória


A transferência de detenção provisória foi solicitada pela defesa de Maicol, que alegou "grande pressão psicológica" sob o rapaz após a confissão do crime na última segunda-feira (17)

Dois dias após confessar ter matado Vitória Regina, de 17 anos, Maicol Sales dos Santos foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, nesta quarta-feira (19). Ele estava preso temporariamente em Cajamar, na Grande São Paulo, onde o crime ocorreu.

A transferência de detenção provisória foi solicitada pela defesa de Maicol, que alegou "grande pressão psicológica" sob o rapaz após a confissão do crime na última segunda-feira (17). De acordo com os advogados, o acusado teme pela própria integridade física dentro e fora da cadeia.

Cumprindo um procedimento comum, o suspeito confesso foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) de Franco da Rocha, para atestar as condições de saúde mental e física antes da transferência. Após a liberação do médico de plantão, Maicol foi encaminhado para o CDP de Guarulhos.

No momento da saída da Delegacia de Cajamar, que investiga o caso, o assassino confesso foi xingado pela população local, apesar do grande esquema de segurança montado para preservar a integridade física dele.

Em relação ao crime, a polícia procura agora a faca utilizada por Maicol para assassinar Vitória. De acordo com o depoimento, que o SBT teve acesso com exclusividade, o acusado disse que jogou em um rio próximo ao local para tentar esconder um suposto romance que vivia com a vítima.


O crime

Segundo o depoimento, Vitória entrou no carro voluntariamente, mas os dois teriam discutido novamente. Maicol alegou que foi agredido e, em seguida, pegou uma faca e desferiu dois golpes: um no pescoço e outro próximo ao peito da jovem.

"Ela entrou no carro e, num determinado momento, começou a se debater. Ele prontamente pegou a faca que estava ao seu lado e desferiu os golpes", afirmou o delegado Fábio Lopes Cenachi.

Maicol disse que Vitória não teve tempo de gritar e desmaiou rapidamente. Com a jovem sangrando no banco do passageiro, ele dirigiu até sua casa e, posteriormente, colocou o corpo no porta-malas. O criminoso negou ter violentado a vítima. O laudo do IML confirmou que não foram encontrados vestígios de sêmen no corpo da adolescente.

Após deixar o corpo no carro, Maicol foi até um matagal em Cajamar, onde pegou uma pá e uma enxada na oficina do padrasto. Ele cavou uma cova rasa, depositou o corpo e retirou as roupas de Vitória, colocando-as no porta-malas. Em seguida, retornou para casa e foi dormir.

"Não houve decapitação, não houve espancamento, não houve nenhuma fratura. A única violência física empreendida contra ela foram as facadas, uma delas atingiu a base da aorta", esclareceu o delegado. No dia seguinte, Maicol foi trabalhar às 7h. Às 17h, retornou para casa e queimou as roupas, o celular e uma sacola que pertenciam à vítima, junto a um punhado de lixo. Ele negou ter raspado o cabelo de Vitória e afirmou que jogou a faca usada no crime em um rio próximo.

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