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| Por Joab Vitorino - Bereu News / Informações Professor Dr César Vitorino |
A roda de conversa “Se acheguem aos nossos quilombos: histórias e mais histórias” faz parte do projeto Enfoque Intercultural e Escolas Quilombolas: Ensino e Aprendizagem, Diálogos e Saberes na Obra “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, e reuniu professores, pesquisadores e estudantes para debater o clássico da literatura brasileira sob uma perspectiva crítica, educativa e intercultural.
O evento acontece neste sábado, (31/05), às 15h, no Espaço Chica do Cajueiro, em Paratinga (BA), e contou com a participação de docentes da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Joana Martins, Dandara Nascimento, Carlos Eduardo Santos, Luana Silva e o professor Dr. César Vitorino, todos com atuação nas áreas de educação intercultural, diversidade e práticas pedagógicas em contextos quilombolas.
A roda de conversa também teve como destaque a presença da professora Francisca Eugenia das Santos, da Universidade de Santiago do Chile, referência internacional em educação comparada, saberes indígenas e afrodescendentes na América Latina, o que ampliou os horizontes do diálogo e conectou o Brasil às lutas e epistemologias latino-americanas.
A atividade propôs uma análise literária e sociocultural da obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, conectando o universo simbólico do livro aos contextos das escolas quilombolas. A proposta foi construir um espaço de troca de experiências entre academia, comunidades tradicionais e educadores(as), com foco na valorização da diversidade cultural e dos saberes locais.
Com seu olhar sensível sobre a seca, a migração e a desigualdade, o romance de Graciliano Ramos serviu de ponto de partida para reflexões sobre os desafios e possibilidades do ensino em territórios quilombolas, unindo literatura, educação e direitos humanos.
Aberta ao público acadêmico, educadores(as), estudantes e demais interessados(as), a roda de conversa integra uma série de ações do projeto, que busca promover o reconhecimento das identidades culturais dos povos quilombolas e fomentar práticas pedagógicas comprometidas com a justiça social.
