![]() |
Por Joab Vitorino - Bereu News |
A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Coordenação-Geral de Inteligência do Ministério da Previdência Social, deflagrou na manhã desta quarta-feira (20/8) a Operação Truth, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa responsável pela comercialização de dados sigilosos pertencentes aos bancos de dados do INSS.

De acordo com a PF, dois mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no município de Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano. Foram apreendidos documentos e dispositivos de informática que podem auxiliar na identificação de outros membros do grupo criminoso e no rastreamento da forma como as informações eram obtidas.

Esquema de venda de dados
As investigações, iniciadas há cerca de 10 meses, revelaram que o grupo atuava na venda de cadastros e dados pessoais de titulares de benefícios previdenciários por meio de páginas na internet. O foco principal era a comercialização de informações sobre benefícios negados pelo INSS, contendo centenas de números de benefícios, CPFs e outros dados de segurados.
Esses pacotes de informações eram direcionados, sobretudo, a advogados, que poderiam utilizar os dados em recursos administrativos ou ações judiciais. Além disso, os criminosos também negociavam as listas com empresas de crédito consignado, que as utilizavam para oferecer serviços aos beneficiários ativos.
Indícios de fraudes e falsificações
Durante a apuração, a PF identificou que os suspeitos também produziam e divulgavam vídeos na internet ensinando formas de falsificação de documentos, com o intuito de facilitar possíveis fraudes contra a Previdência Social.
Origem do nome da operação
O nome “Truth” faz referência ao título da homepage utilizada para execução das condutas criminosas, já desativada pelas autoridades.
Penalidades
O crime de divulgação de dados sigilosos ou reservados da Administração Pública tem pena prevista de até quatro anos de detenção.