| Por Joab Vitorino – Bereu News |
Uma investigação de grande repercussão conduzida pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) revelou um esquema criminoso que teria causado um prejuízo superior a R$ 56 milhões aos cofres públicos. O caso resultou na prisão preventiva do prefeito de Turilândia (MA), Paulo Curió, que se encontra custodiado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Além do gestor municipal, também foram presos a primeira-dama do município, Eva Curió, a ex-vice-prefeita Janaina Soares Lima, o marido dela, Marlon de Jesus Arouche Serrão, e o contador da prefeitura, Wandson Jhonathan Barros. As prisões foram mantidas após audiência de custódia realizada na última quarta-feira (24), quando o Plantão Judiciário Criminal da Comarca da Ilha de São Luís considerou regulares as detenções preventivas.
O caso envolve ainda vereadores do município. Cinco parlamentares que possuíam mandados de prisão em aberto se apresentaram espontaneamente na quinta-feira (25) na Unidade Prisional de Pinheiro (UPPHO), onde passaram a cumprir medidas cautelares com o uso de tornozeleiras eletrônicas, conforme determinação judicial.
De acordo com o MPMA, o prefeito, vereadores, ex-gestores, servidores públicos e empresários são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada para desviar recursos públicos por meio de fraudes em licitações e contratos administrativos. Ao todo, cerca de 20 vereadores e um ex-vereador são investigados por suposto envolvimento no esquema.
A ação faz parte da Operação Tântalo II, deflagrada na segunda-feira (22/12) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Durante a operação, foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão em diferentes municípios do Maranhão. Em apenas um dos alvos, localizado em São Luís, as autoridades apreenderam quase R$ 2 milhões em dinheiro.
Segundo as investigações, durante a gestão de Paulo Curió, a organização criminosa teria cometido crimes como fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais. O esquema teria causado um dano estimado em mais de R$ 56 milhões ao erário.
As apurações também envolvem diversas empresas suspeitas de participação no esquema, entre elas Posto Turi, SP Freitas Júnior LTDA, Luminer e Serviços LTDA, MR Costa LTDA, AB Ferreira LTDA, Climatech Refrigeração e Serviços Ltda, JEC Empreendimentos, Potencial Empreendimentos e Cia Ltda, WJ Barros Consultoria Contábil e Agromais Pecuária e Piscicultura LTDA, além de outras pessoas físicas e jurídicas.
O Ministério Público informou que as investigações continuam com o objetivo de identificar todos os envolvidos, recuperar os valores desviados e responsabilizar criminalmente os suspeitos. O caso segue gerando forte repercussão no Maranhão, diante da gravidade das acusações e do elevado prejuízo causado aos cofres públicos.