Vereador preso na Bahia atuava em facção criminosa desde 2020, diz MP


 

Lucas de Souza Lemos já tinha sido preso em flagrante em novembro

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) ofereceu denúncia contra o vereador de Itabela, Lucas de Souza Lemos, pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e financiamento ao tráfico.

De acordo com as investigações, o parlamentar seria membro estratégico da facção Bonde do Maluco, atuando de forma contínua desde 2020.

A denúncia detalha que Lucas, preso em flagrante em novembro na casa do líder do BDM local, intensificou as atividades em 2022. As acusações contra ele são de:

  • Comércio de entorpecentes
  • Fornecer informações privilegiadas sobre grupos rivais
  • Atuar em ações de contrainteligência
  • Ocultar provas de homicídios
  • Obstruir investigações policiais.


Afastamento

Em novembro deste ano, Lucas de Souza Lemos (União Brasil) foi oficialmente afastado das funções por determinação da Justiça.

O comunicado foi divulgado pela Câmara Municipa\2qq\l, que informou também a suspensão de todos os servidores e colaboradores vinculados à campanha do parlamentar.

O afastamento vale de imediato e, caso nenhuma nova decisão seja emitida, o suplente deverá ser chamado dentro de 60 dias para assumir a vaga.

Outros dois homens também eram alvos da ação. À época, um deles tentou escapar e entrou em confronto com os policiais e foi baleado. Ele chegou a ser encaminhado para atendimento médico, mas não resistiu.

Com o suspeito, os agentes apreenderam um revólver, munições, celulares e porções de entorpecentes.


Perfil

Lucas foi o sétimo parlamentar mais votado após as eleições de 2024, com 667 votos.

Vereador de primeiro mandato, Lucas Lemos, como levou o nome às urnas, também se autodenomina como assistente social, e uma das suas bandeiras no Legislativo está relacionada ao assistencialismo à população.


O que disse a Câmara Municipal

Após a operação, a Câmara Municipal da cidade se manifestou sobre o caso. Em nota oficial, a casa disse que “aguarda a devida apuração dos fatos” antes de tomar qualquer tipo de decisão contra o parlamentar.

“As medidas cabíveis no âmbito do Poder Legislativo serão avaliadas e adotadas em conformidade com o que dispõe a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno desta Casa, à medida que os fatos sejam oficialmente esclarecidos pela Justiça”, disse um trecho da nota.

A Câmara de Vereadores também afirma que as atividades legislativas continuaram sendo realizadas independente do caso.

“As atividades legislativas desta Casa continuarão a transcorrer normalmente, reafirmando o compromisso de todos os seus membros com a transparência, a ética e, acima de tudo, com os interesses da população de Itabela”, concluiu.

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