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Caiado diz que Bolsonaro toma decisões sem consulta à comunidade científica 'Não tem mais diálogo com esse homem'

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), voltou a criticar a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução do combate ao coronavírus. Em entrevista à CNN na tarde desta quarta-feira (25), o goiano declarou que foi pego de surpresa com o pronunciamento do presidente do dia anterior. 

Caiado declarou que Bolsonaro toma decisões sem consulta à comunidade científica e contestou a menção do presidente à cloroquina, substância utilizada no tratamento de outras doenças mas que ainda não tem eficiência comprovada contra a covid-19. "Ele não pode prescrever na porta do Palácio", afirmou o governador.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, disse que não tem mais diálogo com o governo do presidente Jair Bolsonaro. "Não tem mais diálogo com esse homem. As coisas têm que ter um ponto final", afirmou Caiado.

Caiado foi o responsável pela indicação de Luiz Henrique Mandetta para o Ministério da Saúde. Os dois são médicos formados pela mesma universidade. Caiado costuma brincar que Mandetta é seu calouro.

Ao blog, Caiado afirmou que falou por videoconferência com Bolsonaro, na manhã desta terça-feira (24), em um clima excelente. Segundo Caiado, em nenhum momento a conversa sobre a crise causada pela pandemia do novo coronavírus foi para o caminho de isolamento vertical e de exagero dos governadores.

À noite, Caiado disse que foi surpreendido com o alerta de um assessor sobre o teor do pronunciamento de Bolsonaro em rede nacional, completamente na contramão do que havia sido o tom da conversa horas antes, pela manhã.

No pronunciamento, fortemente criticado por políticos e entidades médicas, Bolsonaro voltou a minimizar a crise do novo coronavírus e deu declarações contrárias ao que autoridades de saúde têm alertado.

Caiado disse ao blog que as recomendações do presidente não alcançarão o estado de Goiás e, se for preciso, recorrerá ao Supremo e ao Congresso Nacional.

O governador de Goiás afirma que está tomando decisões baseado em ciência, em especialistas e no que diz a Organização Mundial de Saúde (OMS). E afirma que não vai adotar as determinações do presidente Bolsonaro. "Vai prevalecer o que eu determinei. As ações [de Bolsonaro] não vão alcançar o estado de Goiás."

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