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Sara Winter divulga nome de criança que engravidou após estupro e grupo tenta invadir hospital

Sara Winter divulga nome de criança que engravidou após estupro e grupo tenta invadir hospital

A ativista Sara Winter usou as redes sociais no domingo (16/8) para expor a identidade da criança de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo propio tio. Além disso, a militante divulgou o endereço onde a vítima estava internada para a realização de um aborto, autorizado pela Justiça, e incitou uma manifestação no local.
No Twitter, Sara chamou o médico responsável pelo procedimento de "aborteiro" e pediu pra seguidores rezarem de "joelhos no chão". Ela alegou que a vítima estaria com 22 semanas e quatro dias de gestação, o que tornaria a interrupção gestacional ilegal perante a constituição que permite o procedimento até a 20ª semana ou quando o feto pese até 500g.  As palavras: Sara Winter, estuprada, uma criança, que nojo, 10 anos  e Gilead, em alusão a serie O conto da Aia, foram os temas mais comentados do final de semana.
Sara criticou o fato de a garota ter tomado conhecimento de que estava grávida pois a justiça levou em consideração ela ter declarado não ter interesse em prosseguir com a gravidez. Winter  sugeriu que a menina deveria ser submetida a uma cesariana humanitária para que o feto pudesse sobreviver intrauterinamente e posteriormente ser encaminhado para a adoção.
Por conta disso, um grupo de religiosos se aglomerou na frente da unidade de saúde, em Recife, e protestou contra o procedimento. Chamando o médico de assassino, os manifestantes tentaram invadir o hospital mas foram impedidos pela polícia. 
Nessas horas que eu falo, ainda bem que porte de arma não é liberado porque se essa mulher aparecesse na minha frente levaria na testa depois da paulada que eu ia dar nela. QUEM TEM A AUDÁCIA DE CHAMAR UMA CRIANÇA QUE FOI ESTUPRADA DE ASSASSINA?????? pic.twitter.com/wlFUBoYcD5
— clareza (@cfbzzrlla) August 16, 2020

Alguns internautas alegam que a  atitude de Sara Winter fere o Estatuto da Criança e do Adolescente, que garante o anonimato a vítimas de violência. O aborto foi autorizado prlo Tribunal de Justiça do Espírito Santo na sexta-feira (14/8). A legislação brasileira permite o aborto caso a gestação tenha sido causada por um estupro ou ofereça riscos a saúde da gestante. O Ministério Público Estadual entendeu que o caso se configurava em ambas situações.
O Hospital Universitário Cassiano Antônio Morais (Hucam), porém, se negou a fazer a operação e por conta do estágio avançado ela teve que ser encaminhada para uma outra unidade de saúde, em Recife.  O procedimento foi realizado na noite do domingo e a menina passa bem. O tio de 33 anos apontado como responsável pelo crime segue foragido da justiça. A polícia investiga pistas que ele estaria escondido na casa de parentes na Bahia.

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