Ele teria roubado celular e, por isso, traficantes o executaram
Cabisbaixo, Elianderson da Silva Araújo, 24 anos, mexia no celular enquanto andava na localidade de Alto do Bom Viver, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS), na terça-feira (21). Ele não percebeu a aproximação rápida de cinco homens que o cercaram e surraram. Ele ainda chegou a correr, mas foi baleado. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte.
Moradores da região que testemunharam o crime apontaram traficantes da área como os autores do crime. Eles foram identificados como o comandante da boca de fumo, Augusto, e seus soldados Jeferson, o Fiu; Igor, conhecido como Cabelo; Geovane, apelidado de Bolinha, e David, o Berê, morador de Valéria e que faz parte do grupo.
Elianderson teria sido sentenciado à morte por ter roubado o celular de uma moradora da região que, logo após o ocorrido, fez queixa ao tráfico. Ele já foi preso duas vezes por roubo e havia deixado o Complexo Penitenciário da Mata Escura há seis meses.
Ainda de acordo com testemunhas, no domingo (19), Augusto e o restante do grupo foram à casa de um dos parentes de Elianderson em busca do celular. No entanto, o rapaz não estava e foram embora.
Cercado
Na terça, Elianderson voltava da casa de uma prima, no bairro da Palestina, por volta das 11h30. “Disseram que ele foi buscar um dinheiro. Quando voltou, viu uma viatura da Polícia Militar e correu para dentro de um bar. Ele estava com um cigarro de maconha e por isso correu”, contou uma moradora.
Na terça, Elianderson voltava da casa de uma prima, no bairro da Palestina, por volta das 11h30. “Disseram que ele foi buscar um dinheiro. Quando voltou, viu uma viatura da Polícia Militar e correu para dentro de um bar. Ele estava com um cigarro de maconha e por isso correu”, contou uma moradora.
O rapaz foi levado para a 22ª Delegacia (Simões Filho), onde foi ouvido e liberado, pouco depois das 15h. Então, logo depois, testemunhas contaram que Elianderson caminhava distraído, pois mexia no celular. “Aí, ele entrou numa rua que dá acesso a um brejo. Ele estava tão entretido no celular que não percebeu quando eles chegaram”, relatou outra moradora.
Ainda de acordo com ela, quando o rapaz deu conta do seu entorno, já estava cercado por Augusto, Fiu, Cabelo, Bolinha e Berê que o atacaram com socos e pontapés. Durante o espancamento, a vítima tentou fugir, mas foi atingido por tiros nas costas. Em seguida, os criminosos arrastaram o corpo para a beira do brejo e o cobriram com palhas.
O CORREIO encontrou com parentes da vítima no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), em Salvador. Ninguém quis falar sobre o assunto. A reportagem também procurou informações sobre a investigação do crime, através da assessoria da Polícia Civil, mas até a publicação da matéria não obteve resposta.
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