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Salvador planeja vacinação independente; "não vamos ficar esperando o governo federal fazer o que já devia ter feito"


A Prefeitura de Salvador já possui um plano municipal de imunização contra a Covid-19. A informação foi divulgada pelo prefeito ACM Neto (DEM) nesta segunda-feira (7/12), em coletiva de imprensa na qual cancelou o show da virada e anunciou restrições ao Rio Vermelho e Itapuã, além da retomada do fechamento de cinemas, teatros, casa de shows e clubes sociais em toda a cidade. O gestor disse que o plano será aplicado assim que a vacina for aprovada e, caso o governo Bolsonaro não a repasse, a questão será judicializada. 

"Nós vamos à Justiça pedir o direito de comprar a vacina e fazer a imunização. Já avisei a Léo [Prates, secretário de Saúde], se for preciso, vamos à Justiça pra pedir o direito de comprar vacina e imunizar as pessoas", prometeu. Ele criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro, dando como exemplo países como o Reino Unido e a Rússia, que já começaram o processo. "Nós não vamos ficar de braços cruzados, esperando o Governo Federal fazer o que já devia ter feito", reclamou.

SEGUNDA ONDA

Os dados mostrados pelo gestor apontam que a ocupação dos leitos de UTI em Salvador é de, aproximadamente, 77% do total. Em relação aos leitos clínicos, 81% já estão preenchidos. ACM Neto revelou que há um cronograma para disponibilizar o mesmo número de leitos que Salvador possuía no início da pandemia. Como não há intenção de reabrir o Hospital de Campanha, no Wet n'Wild, eles serão distribuídos em centros de saúde já existentes. Até o dia 20 de dezembro, a prefeitura espera ter aberto 10 leitos no Hospital Municipal, outros 10 no Hospital Salvador e 20 na Sagrada Família, totalizando 40 espaços. 

Para o prefeito, já existe uma segunda onda, não apenas em Salvador, como em toda a Bahia. "O mundo inteiro assistiu ao que aconteceu na Europa, nos Estados Unidos, em países e cidades mais ricos que o nosso. A nossa grande vitória foi ter conseguido dar assistência médica e hospitalar a todos os soteropolitanos de igual maneira", disse, afirmando que nenhum profissional teve que decidir entre a vida de dois pacientes por falta de leito de UTI e que as pessoas do interior foram tratadas de maneira igual na capital.

Ele lembrou que a primeira onde aconteceu de forma lenta e gradual, mas que ainda há dúvidas de como a doença se comportará nessa segunda fase de infecções. "A pandemia em Salvador começou no Centro, em bairros de classe média e alta, e foi se espalhando, até que alcançou os 170 bairros. Depois, começou a cair, também começando no Centro, até que houve uma queda em toda a cidade. Agora vemos um novo aumento do número de casos e mais uma vez começando pelos bairros mais centrais, de classe média e classe média alta. Qual a dúvida que isso alcançará os outros bairros? nenhuma dúvida", ponderou.

"Está desenhado que vamos viver a segunda onda no Brasil. Já está começando. Se fosse uma escada, já começamos a subir os primeiros degraus. Nossa obrigação é agir no tempo certo, tomar providências no tempo certo, não esperar que o pior aconteça", refletiu.

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