
O ex-ministro da Saúde - durante o governo Lula - José Gomes Temporão e o sanitarista e fundador da Anvisa, Gonzalo Vecina Neto, além de cientistas e diversos profissionais da saúde, assinaram um pedido de impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), para ser protocolado nesta sexta-feira (5). A informação é da jornalista Mônica Bergamo.
O documento, que acusa o Bolsonaro de praticar crimes de responsabilidade durante o enfrentamento da epidemia de Covid-19 no Brasil, é o primeiro pedido de impeachment recebido pelo novo presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL).
Entre os elementos contra o chefe do Executivo estão a prática de "uma campanha dolosa e deliberada contra medidas hoje mundialmente adotadas, de forma consensual, para o enfrentamento da pandemia" e a disseminação "da ilusão de tratamentos precoces" contra o novo coronavírus.
O presidente ainda é acusado de boicotar vacinas e interferir diretamente para impedir a compra de imunizantes, além da "omissão na implantação de um plano nacional de combate à Covid-19".
"Ao invés de trabalhar de modo integrado com governadores e prefeitos, de acordo com o que mandam tanto a lógica de nosso regime federativo, quanto a específica organização política e administrativa do SUS, o sr. Jair Messias Bolsonaro escolheu fazer da pandemia um palco para sua guerra contra potenciais adversários políticos, minando a indispensável cooperação federativa, criando tensão e sabotagem onde deveria haver colaboração, instigando a revolta da população contra prefeitos e governadores", segue o documento.