Trabalhores da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) procuraram o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) para denunciar um surto de Covid-19 no local. Segundo as denúncias, mais de 60 trabalhadores próprios da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) estão contaminados e tiveram de ser afastados do trabalho. Um deles, inclusive, estaria internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Conforme comunicado do Sindipetro, em apenas uma das unidades da Rlam, há 14 trabalhadores contaminados pelo vírus e afastados do local de trabalho. Esse número corresponde à metade dos operadores que atuam na U-39. Já na Unidade de Destilação, nove trabalhadores estão afastados.
Em relação aos terceirizados, porém, há mais dificuldade de conseguir informações. O relatado ao sindicato foi que, na última segunda-feira (22/2), 15 pessoas de uma das contratadas da refinaria foram diagnosticadas com o novo coronavírus.
Outra preocupação dos petroleiros é que mesmo em meio ao alto índice de contaminação pela Covid-19, a gerência da Rlam continua com data marcada para a realização da parada de manutenção da refinaria para o dia 15 de março, apesar de o Sindipetro Bahia ter solicitado o adiamento dessa parada e a abertura de negociação para a marcação de uma nova data, assim como a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que fez o mesmo pleito para as paradas de manutenção das outras refinarias da estatal.
Para garantir a prorrogação dessa parada, assim como evitar mais doenças e até mortes de trabalhadores, o Sindipetro está apresentando denúncia contra a RLAM ao Ministério Público do Trabalho, ao Centro de Saúde do Trabalhador da Bahia Cesat) e à Superintendência Regional de Trabalho e Emprego.
