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Acusado de estuprar, estrangular, matar e ocultar corpo de menina de 10 anos vai a júri popular em Belém


Vai a júri popular no dia 1º de setembro o réu Charne Cardoso Ferreira, acusado de estuprar e matar uma criança de 10 anos em Belém.

Filha da vizinha do acusado, Maria Paula Batista da Silva ficou desaparecida por três dias e teve o corpo escondido embaixo da cama do acusado. Ela foi encontrada morta, boiando, com sinais de estrangulamento, próximo ao município de Acará, nordeste do estado.

Na segunda (24), Charne foi ouvido em audiência de instrução, pelo juiz Edmar Pereira, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Belém.

O juiz entendeu que foi comprovada materialidade do crime e indícios suficientes da autoria do crime. Foi indeferida, assim, o pedido da defesa do acusado de revogação da prisão. O G1 tenta contato com a defesa do acusado, mas ainda não obteve resposta até a última atualização da reportagem.

Segundo o Tribunal de Justiça do Pará, Chame Ferreira confessou à Polícia ter estrangulado a criança, porque ela se recusava a manter relações sexuais com ele.

Já à Justiça, ele negou o homicídio e acusou a companheira do estrangulamento para se vingar da mãe da criança. O réu chegou a afirmar que a companheira tinha ciúmes da vizinha. Mesmo assim, ele confessou que a participação dele no crime foi de apenas ajudar na ocultação do cadáver.

Na audiência de instrução, foram ouvidas cinco testemunhas, incluindo vizinhos e familiares da criança. A companheira do acusado, também ouvida, negou ter participado do crime e disse que estava em outro local, na casa da mãe dela, onde passou todo o fim de semana.

O promotor de justiça José Rui Barboza, após os depoimentos, pediu a pronúncia do acusado para ser submetido a júri popular por homicídio qualificado, pela torpeza e por ocultação de cadáver.

A defesa do acusado, promovida pela Defensoria Pública, que se manifestou oralmente nas últimas alegações, sustentou a impronúncia do réu, que foi negada.


O crime

Uma menina de 10 anos desapareceu no dia 2 de maio e teve o corpo encontrado boiando, dentro de uma caixa, três dias depois. Ela tinha saído da casa da avó, no bairro da Terra Firme, em Belém. O desaparecimento mobilizou vizinhos, que ajudaram nas buscas pela menina.

A polícia chegou ao acusado depois de receber uma denúncia de que ele estava sendo espancado por vizinhos para confessar o crime. A Polícia Militar foi acionada e apresentou Charne Ferreira e sua companheira na Seccional da Cremação.

Na delegacia, o casal negou o crime, sendo levado à Divisão de Atendimento à Criança e ao Adolescente de Belém.

Na Divisão, Charne Ferreira confessou ter matado a criança por estrangulamento, depois de tê-la violentado sexualmente.

Ele disse que tinha um relacionamento há mais de um ano com a mãe da criança, de quem era vizinho, e que, à época do crime, a menina foi com o irmão pegar dinheiro com ele para comprar comida. Em seguida, ele mandou a garota levar o irmão de volta para casa e retornar para pegar o dinheiro e que, ainda, ganharia um aparelho de TV velho.

A mãe da vítima, que mantinha relação extraconjugal com o vizinho, pediu ajuda para encontrar a menina, e os dois foram até à delegacia para informar o desaparecimento da criança.

Conforme relato de Charne, a mãe da criança quis esconder do marido o desaparecimento da filha e decidiu dormir na casa dele, na cama onde estava escondido o corpo da filha.

No dia seguinte, após ficar sozinho, o acusado pegou uma caixa, colocou o corpo da criança e transportou até o rio Tucunduba, onde se livrou do corpo.

A polícia não encontrou evidências da participação da companheira de Charne Ferreira, nem da mãe da criança no crime, apesar de ela ter tentado esconder do marido o desaparecimento da menina.

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