A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) perdeu R$ 2,5 milhões, cerca de US$ 500 mil, em um voo frustrado que iria à Índia em janeiro com o objetivo de buscar 2 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19.
A viagem foi cancelada pela fabricantes Serum Institute of India quando a logísitica já estava montada, depois do fracasso nas negociações dos ministérios da Saúde e Relações Exteriores.
O valor corresponde a 90 mil doses da vacina importada, que custa cerca de R$ 27,40.
A presidente da Fundação, Nísia Trindade, deve depor na CPI da Pandemia, no Senado, no dia 8 de junho. Convocada a pedido do presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), ele afirmou que o depoimento de Nísia vai permitir esclarecer questões sobre a parceria entre a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca.
Segundo publicação da Folha de S. Paulo, a Fiocruz disse que a contratação foi solicitada pelo Ministério da Saúde e viabilizada pela Fiotec, através de recursos públicos para o pagamento.
O Ministério da Saúde contratou um avião da Azul, com partida prevista para 14 de janeiro. A aeronave deixou Viracopos, em Campinas (SP), para Recife, de onde seguiria viagem.
Após a tentativa sem sucesso, a pasta anunciou que a aeronave seria usada na distribuição de cilindros em voos nacionais para conter a crise do material no país. Uma ação popular movida por um advogado questionava a contratação frustrada, com argumento de dano ao erário. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu o arquivamento.
