Nas últimas semanas, o Inep tem sofrido com a debandada de diversos servidores que acusam censura no exame

Após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que o Enem passará a ter "a cara do governo", o jornal O Estado de S. Paulo recebeu relatos de ex-servidores de que 24 questões foram retiradas do exame após uma "leitura crítica". Algumas foram consideradas "sensíveis".
O vice-presidente Hamilton Mourão negou na terça-feira (16) que o Enem tivesse sofrido alguma interferência, em resposta ao que foi dito pelo presidente. Já o ministro da Educação, Milton Ribeiro, chegou a afirmar que teria acesso prévio às perguntas, mas depois recuou.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) passou a imprimir a prova previamente, procedimento que não havia sido adotado em anos anteriores.
Ainda segundo servidores, o atual presidente do órgão, Danilo Dupas, deixou claro que a prova não poderia ter perguntas consideradas inadequadas pelo governo. Ex-funcionários denunciam o presidente do Inep por assédio moral.
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