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Indígena de 12 anos é estuprada e morta por garimpeiros, diz líder yanomami

Outra criança caiu em rio e sumiu durante ataque, denunciam


Uma indígena de 12 anos foi estuprada e morta na comunidade de Aracaçá, em Amajarí, no norte de Roraima. Líderes yanomamis acusam garimpeiros pelo crime.


Além disso, no mesmo ataque de garimpeiros, uma outra criança indígena caiu no rio Uraricoera e desapareceu, segundo as lideranças da região.


A informação foi divulgada na noite de segunda-feira (25) pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, que também é uma das lideranças do povo. 


"A adolescente estava sozinha na comunidade e os garimpeiros chegaram, atacaram e levaram ela para as barracas deles. A tia dela defendeu (a sobrinha). Quando estava defendendo, os garimpeiros empurram ela em direção ao rio junto com a criança. Essa criança se soltou no meio do rio, acho que estava em um barco. Eles invadiram e levaram [a menina] para o barraco dos garimpeiros e a violentaram brutalmente, estupraram essa adolescente. Moradores de lá me disseram que ela morreu. Então, é muito triste, muito triste mesmo", diz ele ao G1 Roraima.


A área de Waikás é uma das mais afetadas do país pela invasão ilegal de garimpeiros.


O Ministério Público Federal (MPF) pediu apuração do caso. O líder indígena afirmou que no mesmo dia informou a Polícia Federal e o Exército sobre o caso. A Fundação Nacional do Índio (Funai) disse que acompanha o caso por meio da unidade descentralizada na região, em articulação com as forças de segurança, e está à disposição para colaborar com os trabalhos de proteção à comunidade.

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