
O Auxílio Inclusão Produtiva Rural, lançado no início do ano, e chegou a somente 1% de quem deveria atender. De acordo com reportagem do colunista Carlos Medeiros, do UOL, a página oficial sobre o programa diz que "são 660 mil famílias de beneficiários do Auxílio Brasil indicados pelo Ministério da Cidadania aos municípios", mas apenas sete mil famílias desse total estimado, receberam o valor em setembro, segundo dados do próprio Ministério da Cidadania.
Ainda segundo dados da publicação, deveriam ser pagos, por mês, R$ 200 a essas famílias que poderiam ajudar na chamada emancipação produtiva. Para isso, o governo teria reservado R$ 187 milhões para serem distribuídos ao longo de 2022, mas, até setembro, foram gastos apenas R$ 7 milhões.
Vale lembrar que segundo o Ministério, ter o Auxílio Brasil não impede do agricultor familiar receber esse benefício: "O cadastro de programas sociais únicos será mantido na família, independentemente da manutenção da manutenção do Programa Auxílio Brasil, condicionada à permanência da família no CadÚnico [de programas sociais únicos], pelo período de até 12", diz a pasta.
Veja a tabela com beneficiários ao longo dos meses:
Janeiro - 8
Fevereiro - 8
Março - 200
Abril - 3.237
Maio - 5.413
Junho - 5.784
Julho - 6.472
Agosto - 6.958
Setembro - 7.012
Porém, para 2023, o orçamento previsto não conseguirá atender nem sequer essas pouco mais de 7 mil famílias. o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) enviado por Jair Bolsonaro (PL) ao Congresso prevê apenas R$ 1,26 milhão, ou seja, se esse valor for executado, só dará para atender 527 agricultores durante o ano.
A coluna do UOL questionou o Ministério da Cidadania para saber por que tão poucos beneficiários recebem o auxílio, mas não obteve resposta.